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Bovespa se ajusta a Selic em 9%

Ata do Copom provoca um rebuliço na curva dos DIs e na taxa de câmbio doméstica

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 10h58.

São Paulo - O Comitê de Política Monetária (Copom) disse o contrário do esperado pelos mercados financeiros, o que provoca um rebuliço na curva dos DIs e na taxa de câmbio doméstica, com efeitos negativos também na Bovespa, que abriu em baixa. Às 10h29, o Ibovespa caia 0,48%. A sinalização da cúpula do Banco Central (BC) de que a taxa básica de juros deve ficar acima da mínima histórica, de 8,75% ao ano, promove ajustes nas previsões para o nível da Selic ao final do ano. O ambiente morno no exterior, por enquanto, não ajuda nem atrapalha.

O chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista diz que a ata da reunião da semana passada do Copom deixou "muito claro" que a Selic não deve ir muito aquém de 9%, após o BC afirmar que vê elevada probabilidade de concretização de um cenário em que a taxa básica de juros se desloque para níveis "ligeiramente" acima dos mínimos históricos. Nesse patamar, a taxa Selic iria se estabilizando, diz o documento.

Nesse sentido, ele lembra que o nível mais baixo da Selic até então foi de 8,75%, que vigorou de julho de 2009 a março de 2010. "O jogo já está dado e os mercados têm ajustes para fazer", diz, referindo-se à inclinação da curva curta de juros futuros e ao esmagamento da cotação do dólar ante o real. "O mercado trabalhava com um novo corte de 0,75 ponto porcentual em abril e muitos já falavam em Selic a 8,50% no fim do ano", lembra. "Agora, esse cenário deve ser alterado", acrescenta.

Na Bolsa, analistas afirmavam que, nos níveis atuais, muito próximos aos 70 mil pontos, já estava precificada uma Selic em 9%. "Mas com a surpresa desagradável da ata de hoje, a Bolsa também tem de devolver um pouco", diz o profissional, lembrando ainda que na última terça-feira o Ibovespa saltou mais de 3% e ontem não corrigiu "nem um décimo disso".

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O chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista diz que a ata da reunião da semana passada do Copom deixou "muito claro" que a Selic não deve ir muito aquém de 9%, após o BC afirmar que vê elevada probabilidade de concretização de um cenário em que a taxa básica de juros se desloque para níveis "ligeiramente" acima dos mínimos históricos. Nesse patamar, a taxa Selic iria se estabilizando, diz o documento.

Nesse sentido, ele lembra que o nível mais baixo da Selic até então foi de 8,75%, que vigorou de julho de 2009 a março de 2010. "O jogo já está dado e os mercados têm ajustes para fazer", diz, referindo-se à inclinação da curva curta de juros futuros e ao esmagamento da cotação do dólar ante o real. "O mercado trabalhava com um novo corte de 0,75 ponto porcentual em abril e muitos já falavam em Selic a 8,50% no fim do ano", lembra. "Agora, esse cenário deve ser alterado", acrescenta.

Na Bolsa, analistas afirmavam que, nos níveis atuais, muito próximos aos 70 mil pontos, já estava precificada uma Selic em 9%. "Mas com a surpresa desagradável da ata de hoje, a Bolsa também tem de devolver um pouco", diz o profissional, lembrando ainda que na última terça-feira o Ibovespa saltou mais de 3% e ontem não corrigiu "nem um décimo disso".

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