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Bovespa interrompe série de 7 altas e fecha em queda

Índice caiu 0,45%, a 47.965 pontos, seguindo as bolsas americanas

Operador da BM&FBovespa: índice chegou a subir 1% pela manhã seguindo mercados externos, mas preocupações geopolíticas derrubaram bolsas norte-americanas, em movimento seguido pela Bovespa (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 17h57.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira, interrompendo sequência de sete altas consecutivas e acompanhando a trajetória negativa dos mercados norte-americanos, depois de atingir um nível de resistência técnica.

O Ibovespa caiu 0,45 por cento, a 47.965 pontos. O giro financeiro do pregão somou 6,4 bilhões de reais.

O índice brasileiro chegou a subir 1 por cento pela manhã seguindo os mercados externos, mas preocupações geopolíticas derrubaram as bolsas norte-americanas, em movimento seguido pela Bovespa. Os Estados Unidos e a União Europeia concordaram em trabalhar juntos por sanções mais duras contra a Rússia devido às tensões envolvendo a Ucrânia, incluindo o setor energético, para tornar a Europa menos dependente do gás russo.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse após encontro com autoridades da UE que o presidente russo, Vladimir Putin, está enganado se pensou que poderia dividir o Ocidente ou contar com sua indiferença em relação à anexação da Crimeia.

Com a virada de Wall Street por conta do discurso de Obama, o Ibovespa não teve forças para se sustentar em alta, depois de avançar 7,15 por cento nas últimas sete sessões.

"Houve uma alta bem razoável nos últimos pregões, o que é complicado manter; (a virada) coincidiu também com uma resistência razoável na faixa de 48.700 pontos, o que pode ter levado a uma realização (de lucros)", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Ao lado das blue chips Vale e Petrobras , o papel preferencial da operadora Oi, com queda de 11,14 por cento, puxou a bolsa para baixo. Investidores reagiram à decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de permitir que os controladores da operadora de telecomunicações votem em assembleia no dia 27, que vai deliberar sobre laudo de avaliação dos ativos da Portugal Telecom. Os ativos serão usados no aumento de capital bilionário da Oi dentro da operação de fusão com a Portugal Telecom.

"Os acionistas minoritários argumentam que a avaliação está bem maior do que os ativos valem de verdade, o que beneficiaria os controladores no aumento de capital. A possibilidade de adiar a assembleia estava dando um gás para o papel da Oi e, como a CVM votou pelo contrário, o papel despenca", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

No sentido contrário, os papéis da rival TIM Participações subiram 4,01 por cento, na maior alta do Ibovespa, o que operadores interpretaram como um fluxo de capital de Oi para TIM por parte de investidores posicionados no setor de telecomunicações.

Ações do setor financeiro, como Bradesco e Banco do Brasil, também foram contra a corrente da bolsa e avançaram. O Superior Tribunal de Justiça adiou para 23 de abril o julgamento sobre juros de mora referente às diferenças de rendimento nas cadernetas de poupança, em função das perdas ocasionadas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

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São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira, interrompendo sequência de sete altas consecutivas e acompanhando a trajetória negativa dos mercados norte-americanos, depois de atingir um nível de resistência técnica.

O Ibovespa caiu 0,45 por cento, a 47.965 pontos. O giro financeiro do pregão somou 6,4 bilhões de reais.

O índice brasileiro chegou a subir 1 por cento pela manhã seguindo os mercados externos, mas preocupações geopolíticas derrubaram as bolsas norte-americanas, em movimento seguido pela Bovespa. Os Estados Unidos e a União Europeia concordaram em trabalhar juntos por sanções mais duras contra a Rússia devido às tensões envolvendo a Ucrânia, incluindo o setor energético, para tornar a Europa menos dependente do gás russo.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse após encontro com autoridades da UE que o presidente russo, Vladimir Putin, está enganado se pensou que poderia dividir o Ocidente ou contar com sua indiferença em relação à anexação da Crimeia.

Com a virada de Wall Street por conta do discurso de Obama, o Ibovespa não teve forças para se sustentar em alta, depois de avançar 7,15 por cento nas últimas sete sessões.

"Houve uma alta bem razoável nos últimos pregões, o que é complicado manter; (a virada) coincidiu também com uma resistência razoável na faixa de 48.700 pontos, o que pode ter levado a uma realização (de lucros)", disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Ao lado das blue chips Vale e Petrobras , o papel preferencial da operadora Oi, com queda de 11,14 por cento, puxou a bolsa para baixo. Investidores reagiram à decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de permitir que os controladores da operadora de telecomunicações votem em assembleia no dia 27, que vai deliberar sobre laudo de avaliação dos ativos da Portugal Telecom. Os ativos serão usados no aumento de capital bilionário da Oi dentro da operação de fusão com a Portugal Telecom.

"Os acionistas minoritários argumentam que a avaliação está bem maior do que os ativos valem de verdade, o que beneficiaria os controladores no aumento de capital. A possibilidade de adiar a assembleia estava dando um gás para o papel da Oi e, como a CVM votou pelo contrário, o papel despenca", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

No sentido contrário, os papéis da rival TIM Participações subiram 4,01 por cento, na maior alta do Ibovespa, o que operadores interpretaram como um fluxo de capital de Oi para TIM por parte de investidores posicionados no setor de telecomunicações.

Ações do setor financeiro, como Bradesco e Banco do Brasil, também foram contra a corrente da bolsa e avançaram. O Superior Tribunal de Justiça adiou para 23 de abril o julgamento sobre juros de mora referente às diferenças de rendimento nas cadernetas de poupança, em função das perdas ocasionadas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

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