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BOVESPA-Índice vai à máxima desde abril, com aéreas e construção

(Texto atualizado com dados oficiais de fechamento e comentários de mercado) Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 13 de outubro (Reuters) - O principal índice das ações brasileiras subiu ao maior patamar desde abril nesta quarta-feira, com investidores animados pela expectativa global de novos estímulos à economia dos Estados Unidos, em um pregão com destaque para […]

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 14h55.

(Texto atualizado com dados oficiais de fechamento e
comentários de mercado)

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 13 de outubro (Reuters) - O principal índice das
ações brasileiras subiu ao maior patamar desde abril nesta
quarta-feira, com investidores animados pela expectativa global
de novos estímulos à economia dos Estados Unidos, em um pregão
com destaque para ações de transporte e de construção.

O Ibovespa teve alta de 1,03 por cento, a 71.674
pontos. É o maior nível de fechamento desde 8 de abril. O
volume financeiro do pregão, inflado pelo vencimento de futuros
e opções sobre Ibovespa, somou 12,5 bilhões de reais.

No exterior, os índices Dow Jones e Standard &
Poor's 500 subiram 0,7 por cento cada. O índice
FTSEurofirst 300 , da Europa, avançou 1,42 por cento.

Entre os motivos citados por operadores para a alta das
bolsas, figuraram o teor da ata do Federal Reserve, que indicou
maior probabilidade de medidas de estímulo à economia, o início
otimista da temporada de resultados corporativos nos Estados
Unidos e a divulgação de dados apontando atividade mais robusta
da China.

Internamente, o setor de construção foi um dos mais
beneficiados pelo otimismo dos investidores, com alta de 6,74
por cento da Rossi , a 18,05 reais, 6,47 por cento da
MRV , a 18,10 reais, e 2,62 por cento da PDG Realty
, a 21,90 reais.

O setor tem empolgado os investidores com o balanço das
vendas contratadas no terceiro trimestre, divulgado primeiro
pela PDG na semana passada, depois pela Brookfield ,
e agora pela Even , que não compõe o índice.

Pela manhã, o banco Goldman Sachs recomendou o investimento
em ações do setor, com destaque para a PDG, junto com empresas
dos setores de matérias-primas, transportes e financeiro.

O setor aéreo também mostrou força, com alta de 5,96 por
cento da TAM , a 40,56 reais, e de 4,89 por cento da
Gol , a 29,80 reais. Analistas destacaram o efeito da
queda do dólar sobre os custos das empresas. [ID:nN13265859]

Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
divulgou alta de 29,9 por cento da demanda doméstica em
setembro, com taxa de ocupação de 73,38 por cento.

"Tivemos a segunda maior taxa de ocupação do ano, superando
meses com festividades como julho e fevereiro", destacou Brian
Moretti, analista de transportes da Planner corretora.

"A Azul fez taxa de 85,2 (por cento). Isso dá exemplo de
como está aquecida a região Sudeste em relação a novos voos."

Na ponta negativa, as ações da Embraer caíram
4,15 por cento, a 11,56 reais, após a empresa mostrar queda das
entregas no terceiro trimestre a 44 aviões. [ID:nN13216092]

Analistas do Citigroup consideraram o resultado
decepcionante. "Estamos preocupados com os obstáculos
crescentes na competição por aviões comerciais", escreveram
Stephen Trent e Angela Lieh.

Entre as ações com maior volume, a preferencial da
Petrobras caiu 0,54 por cento, a 25,71 reais. A
empresa, que tem sofrido com avaliações negativas de vários
analistas, teve a recomendação reduzida pelo Credit Suisse, de
"compra" para "neutro", com preço-alvo do sua ADR caindo de 65
para 43 dólares.

Com o segundo maior giro, a ação preferencial da Vale
subiu 0,51 por cento, a 47,64 reais.

(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr., Guillermo
Parra-Bernal e Aluísio Alves; Edição de Aluísio Alves)

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