Mercados

Bovespa abre em baixa em dia de vencimento de opções

Os investidores começam a semana na defensiva, após a agência de classificação de risco Moody's ter afirmado que os quatro grandes países com classificação AAA - EUA, Reino Unido, França e Alemanha - enfrentam "uma delicada ação de equilíbrio". Assim como ocorre no exterior, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sofre pressão negativa. […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Os investidores começam a semana na defensiva, após a agência de classificação de risco Moody's ter afirmado que os quatro grandes países com classificação AAA - EUA, Reino Unido, França e Alemanha - enfrentam "uma delicada ação de equilíbrio". Assim como ocorre no exterior, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sofre pressão negativa. Até as 13h30, o mercado brasileiro também deve ser distorcido pelo vencimento de opções sobre ações. Às 10h21, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,37%, aos 69.087 pontos.

A expectativa é de um giro elevado para o exercício de opções, o que deve inflar o volume financeiro total da Bovespa hoje. A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

Vale e Petrobras, âncoras do vencimento de opções, devem ser pressionadas pelo recuo nas cotações das matérias-primas. As commodities tem seu desempenho prejudicado pelo temor de aperto da política monetária na China para conter o crescimento do crédito e as pressões inflacionárias, o que poderia afetar a demanda por metais.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, alertou ontem para o risco de um duplo mergulho da economia global, apesar dos recentes sinais de recuperação. Além disso, ele afirmou que a moeda chinesa não está sobrevalorizada. Hoje, a Bolsa de Xangai caiu mais de 1%.

Outro motivo para a cautela nas bolsas internacionais são as reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) amanhã e do Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) na quarta-feira. No Brasil, o BC anuncia, também na quarta, sua decisão sobre a taxa básica de juros da economia.

Nos EUA, as bolsas passam a operar das 10h30 às 17 horas (de Brasília), ajustando-se ao início do horário de verão. Assim, Nova York ficará apenas uma hora atrás do horário em São Paulo, onde a Bovespa também teve o horário de negociação alterado, das 10 horas às 17 horas.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresIndicadores econômicos

Mais de Mercados

Hapvida (HAPV3) vai investir até R$ 600 milhões em novos hospitais em SP e RJ

"O mundo está passando por um processo grande de transformação", diz André Leite, CIO da TAG

Ibovespa fecha em leve alta de olho em relatório bimestral de despesas; dólar cai a R$ 5,57

Ações da Ryanair caem quase 15% após lucro da empresa desabar

Mais na Exame