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Bolsas europeias recuam e acumulam perdas na semana

A única exceção foi a bolsa londrina, que encerrou com desempenho positivo, ajudada pelas ações das mineradoras e construtoras

Na noite de ontem, a agência de classificação de risco Moody's alertou que muitos bancos italianos poderão enfrentar rebaixamentos (Getty Images)

Na noite de ontem, a agência de classificação de risco Moody's alertou que muitos bancos italianos poderão enfrentar rebaixamentos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 14h54.

Londres - As principais bolsas europeias fecharam em território negativo, conduzidas pelas ações do setor bancário que ficaram sob pressão após a suspensão temporária das negociações dos papéis de duas instituições de crédito italianas. O tom fraco em Wall Street também colaborou para as baixas na Europa. A exceção do dia foi a Bolsa de Londres, que encerrou com desempenho positivo, ajudada pelas ações das mineradoras e construtoras.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,33 ponto, ou 0,1%, para 263,98 pontos, após subir 1,1% antes de mudar de direção ao ser pressionado pela queda das ações dos bancos. Na semana o índice acumulou declínio de 1,19%.

As negociações com ações de bancos, como o UniCredit e o Intesa Sanpaolo, foram temporariamente suspensas no começo da sessão, depois de uma queda de mais de 5%. Operadores e gerentes de fundos citaram várias prováveis razões para a queda, como um rumor de que a Itália será rebaixada por uma agência de rating (classificação de risco).

Na noite de ontem, a agência de classificação de risco Moody's alertou que muitos bancos italianos poderão enfrentar rebaixamentos, mas as ações do setor lidaram com o alerta sem dificuldades inicialmente.

Já um porta-voz da Borsa Italiana afirmou que um "problema técnico relacionado à volatilidade" foi a razão para a paralisação. Após a retomada da negociação, as ações do UniCredit fecharam em queda de 5,3% e as do Intesa cederam 5%.

O declínio das ações dos bancos levou o índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, a encerrar em queda de 1,6%, aos 19.154,30 pontos. Na semana o índice acumulou baixa de 4,69%.

No início da sessão, as bolsas tinham recebido algum suporte com a notícia sobre o acordo fechado pelo governo da Grécia com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um pacote de austeridade de cinco anos. O acordo pavimentou o caminho para que o país receba um segundo empréstimo de emergência.

Mas o grande desafio para o governo grego ocorrerá na próxima semana, quando o primeiro-ministro, George Papandreou, tentará persuadir os formuladores de políticas públicas do país a aprovarem as medidas de austeridade.

O índice ASE Composite, da Bolsa de Atenas, fechou em queda de 0,7%, aos 1.232,60 pontos. O índice acumulou declínio de 1,71% na semana.

Em Paris, o CAC 40 perdeu 2,99 pontos, ou 0,08%, para 3.784,80 pontos, e acumulou queda de 1,02% na semana. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 28,06 pontos, ou 0,39%, a 7.121,38 pontos. Na semana, o DAX teve queda de 0,60%. Em Lisboa, o PSI 20 cedeu 38,95 pontos, ou 0,55%, para 6.992,00 pontos, e fechou a semana com baixa de 3,61%.

Entre os destaques da sessão estavam Deutsche Lufthansa (+0,7%), Air France-KLM (+0,9%), Natixis (-3,7%) e Barclays(-2,5%).

O índice o FTSE-100, da Bolsa de Londres fechou em leve alta de 23,34 pontos, ou 0,41%, a 5.697,72 pontos, mas acumulou queda de 0,30% na semana. Antofagasta subiu 2,3% e Xstrata avançou 2,2%. Os papéis das construtoras também apresentaram desempenho positivo: Berkeley (+10,9%), Persimmon (+2,2%) e Barratt Developments (+2,6%). As informações são da Dow Jones.

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