Exame Logo

Bolsas europeias caem forte após corte de nota dos EUA

Rebaixamento do rating de crédito americano provocou queda nos mercados da Europa

A crise americana pesou particularmente sobre os papéis de empresas pertencentes aos setores cíclicos da economia, como mineradoras, montadoras e companhias de tecnologia (Charly Triballeau/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 14h46.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em baixa, pressionados por uma onda de aversão ao risco provocada pelo rebaixamento no rating de crédito dos EUA. A notícia pesou particularmente sobre os papéis de empresas pertencentes aos setores cíclicos da economia, como mineradoras, montadoras e companhias de tecnologia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 9,90 pontos, ou 4,14%, para 228,98 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 178,04 pontos, ou 3,39%, para 5.068,95 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 153,37 pontos, ou 4,68%, para 3.125,19 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 312,89 pontos, ou 5,02%, a 5.923,27 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 376,12 pontos, ou 2,35%, para 15.639,75 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 211,80 pontos, ou 2,44%, para 8.459,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 195,53 pontos, ou 3,13%, para 6.053,68 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 63,76 pontos, ou 6,00%, para 998,24 pontos.

Na noite de sexta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's foi a primeira das três principais agências de risco a cortar o rating de crédito dos EUA, de AAA para AA- com perspectiva negativa. As duas outras agências, Moody's e Fitch, ainda avaliam com nota máxima o crédito da dívida norte-americana. Em Nova York, os principais índices do mercados de ações dos EUA também operam em baixa, recuando entre 2,9% e 4,1%.

Voltando à Europa, o índice Stoxx 600 chegou a subir pela manhã, reagindo à notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) vai comprar bônus soberanos da Espanha e da Itália. A novidade também contribuiu para reduzir os juros projetados pelos títulos desses países no mercado secundário de dívida. Posteriormente, no entanto, os investidores voltaram a demonstrar preocupação com EUA e Europa e as bolsas caíram.

"Acho que o mercado continuará com um pé atrás até que haja mais clareza sobre os resultados das compras de bônus", disse Atif Latif, diretor de negócios da Guardian Stockbrokers. "O motivo para esses movimentos amplos é o reajuste dos portfólios de investimento. Na minha opinião isso deve continuar por um certo tempo", acrescentou.

Para Gary Jenkins, diretor de pesquisa de renda fixa da Evolution Securities, "as compras de bônus da Itália e da Espanha pelo BCE aparentemente são uma nova grande esperança para políticos e para o mercado em geral, mas o banco central precisará estar preparado para comprar uma quantidade muito grande" desses papéis.


Numa nota a clientes, ele lembrou que um plano similar de compra de títulos da dívida grega teve grande impacto no mercado no curto prazo, reduzindo os juros desses bônus de 12,43% para 7,35%, mas que as taxas voltaram a ficar acima de 10% num período de seis semanas.

Entre os destaques da sessão, os papéis das montadoras BMW e Daimler caíram respectivamente 8,8% e 7,1% em Frankfurt, enquanto a siderúrgica ThyssenKrupp perdeu 9,6%. Em Paris, Peugeot Citroën recuou 9,1% depois de o Morgan Stanley rebaixar a recomendação das ações da companhia para "abaixo da média", de "acima da média". A Renault fechou em baixa de 9,3%, enquanto a Fiat teve declínio de 11% em Milão.

No setor de tecnologia, a Infineon Technologies caiu 8,3% e a Alcatel-Lucent perdeu 9,7%. Entre as mineradoras, a Rio Tinto teve queda de 6,5% depois de a companhia e a Mitsubishi terem proposto comprar todas as ações dos sócios minoritários da Coal & Allied Industries. A Antofagasta recuou 4,5% e a ArcelorMittal fechou em baixa de 9,6%. As informações são da Dow Jones.

Veja também

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em baixa, pressionados por uma onda de aversão ao risco provocada pelo rebaixamento no rating de crédito dos EUA. A notícia pesou particularmente sobre os papéis de empresas pertencentes aos setores cíclicos da economia, como mineradoras, montadoras e companhias de tecnologia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 9,90 pontos, ou 4,14%, para 228,98 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 178,04 pontos, ou 3,39%, para 5.068,95 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 153,37 pontos, ou 4,68%, para 3.125,19 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 312,89 pontos, ou 5,02%, a 5.923,27 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 376,12 pontos, ou 2,35%, para 15.639,75 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 211,80 pontos, ou 2,44%, para 8.459,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 195,53 pontos, ou 3,13%, para 6.053,68 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 63,76 pontos, ou 6,00%, para 998,24 pontos.

Na noite de sexta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's foi a primeira das três principais agências de risco a cortar o rating de crédito dos EUA, de AAA para AA- com perspectiva negativa. As duas outras agências, Moody's e Fitch, ainda avaliam com nota máxima o crédito da dívida norte-americana. Em Nova York, os principais índices do mercados de ações dos EUA também operam em baixa, recuando entre 2,9% e 4,1%.

Voltando à Europa, o índice Stoxx 600 chegou a subir pela manhã, reagindo à notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) vai comprar bônus soberanos da Espanha e da Itália. A novidade também contribuiu para reduzir os juros projetados pelos títulos desses países no mercado secundário de dívida. Posteriormente, no entanto, os investidores voltaram a demonstrar preocupação com EUA e Europa e as bolsas caíram.

"Acho que o mercado continuará com um pé atrás até que haja mais clareza sobre os resultados das compras de bônus", disse Atif Latif, diretor de negócios da Guardian Stockbrokers. "O motivo para esses movimentos amplos é o reajuste dos portfólios de investimento. Na minha opinião isso deve continuar por um certo tempo", acrescentou.

Para Gary Jenkins, diretor de pesquisa de renda fixa da Evolution Securities, "as compras de bônus da Itália e da Espanha pelo BCE aparentemente são uma nova grande esperança para políticos e para o mercado em geral, mas o banco central precisará estar preparado para comprar uma quantidade muito grande" desses papéis.


Numa nota a clientes, ele lembrou que um plano similar de compra de títulos da dívida grega teve grande impacto no mercado no curto prazo, reduzindo os juros desses bônus de 12,43% para 7,35%, mas que as taxas voltaram a ficar acima de 10% num período de seis semanas.

Entre os destaques da sessão, os papéis das montadoras BMW e Daimler caíram respectivamente 8,8% e 7,1% em Frankfurt, enquanto a siderúrgica ThyssenKrupp perdeu 9,6%. Em Paris, Peugeot Citroën recuou 9,1% depois de o Morgan Stanley rebaixar a recomendação das ações da companhia para "abaixo da média", de "acima da média". A Renault fechou em baixa de 9,3%, enquanto a Fiat teve declínio de 11% em Milão.

No setor de tecnologia, a Infineon Technologies caiu 8,3% e a Alcatel-Lucent perdeu 9,7%. Entre as mineradoras, a Rio Tinto teve queda de 6,5% depois de a companhia e a Mitsubishi terem proposto comprar todas as ações dos sócios minoritários da Coal & Allied Industries. A Antofagasta recuou 4,5% e a ArcelorMittal fechou em baixa de 9,6%. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAgências de ratingbolsas-de-valoresCACDAXEstados Unidos (EUA)EuropaFTSEMercado financeiroPaíses ricosRating

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame