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Bolsas da Europa sobem puxadas por Frankfurt após dado de confiança; marcas de luxo punem Paris

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,18%, com o índice referencial alemão cravando novo recorde de 18.212,63 pontos

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de março de 2024 às 16h26.

Última atualização em 22 de março de 2024 às 16h34.

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 22, com o clima beneficiado por dados econômicos mais animadores da região e após comentários de autoridades sobre política monetária.

Frankfurt marcou novo recorde em reação à melhora da confiança das empresas alemãs, enquanto o índice referencial de Madri ficou perto dos 11 mil pontos. Já as ações vinculadas ao setor de bens de consumo de luxo voltaram a pesar sobre a bolsa de Paris e também afetaram o mercado de Milão.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,18%, com o índice referencial alemão cravando novo recorde de 18.212,63 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com alta de 0,61%, aos 7.930,92 pontos. O CAC 40, de Paris, teve queda de 0,34%, terminando a sessão aos 8.151 92 pontos.

Na Alemanha, o índice Ifo de sentimento das empresas subiu mais que o esperado em março, para 87,8 pontos. Já no Reino Unido, as vendas no varejo ficaram estáveis na comparação mensal de fevereiro, surpreendendo analistas que previam queda de 0,3%.

No âmbito da política monetária, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, sinalizou, em entrevista ao Financial Times, que os mercados estão certos em prever mais do que um corte de juros este ano, ao dizer que está cada vez mais confiante de que a inflação do Reino Unido se move em direção à meta oficial de 2%.

Já o presidente do BC alemão (Bundesbank), Joachim Nagel, afirmou, durante webcast do MNI nesta sexta-feira, que "é crescente a probabilidade" de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie seu primeiro corte de juros antes das férias do verão europeu. Nagel ressaltou, porém, que é mais provável que uma redução de juros venha em junho do que em abril.

Em Paris, a Kering recuou 3,57%, estendendo a queda para o terceiro dia ainda sob efeito do alerta da empresa sobre queda das vendas da marca Gucci, divulgado na terça-feira.

Outras ações do setor de luxo também ajudaram a derrubar o CAC-40. No mercado francês, a LVMH registrou baixa de 2,28% e Hermes caiu 1,02%. A Brunello Cucinelli cedeu 3,07% em Milão, respondendo pela maior contribuição negativa do índice FTSE MIB, que teve variação de +0,05%, encerrando o pregão em 34.343,61 pontos.

Ainda em Milão, as ações da Enel subiram 0,18%, após se recuperarem da queda inicial. A empresa de energia anunciou, na quinta-feira, que seu lucro líquido mais do que duplicou no ano passado, apesar do declínio nas receitas devido aos preços mais baixos de energia ante 2022, quando os valores saltaram após o início da guerra entre Ucrânia e Rússia. A empresa, que tem sede em Roma e fornece energia a municípios da região metropolitana de São Paulo, obteve lucro líquido de € 3,44 bilhões em 2023, ante € 1,68 bilhão em 2022.

O resultado não trouxe surpresas, com o Ebitda e o lucro líquido em linha com as estimativas do Citi, afirmaram, em nota, os analistas Jenny Ping e Margherita Cristiana Sponza. O desempenho da empresa na Itália foi mais uma vez forte, ajudado pela sua divisão de varejo, compensada parcialmente pela América Latina e do Norte, escreveram.

"Continuamos vendo um plano de negócios confiável apresentado pela Enel, onde a entrega agora é fundamental para a reavaliação do preço das ações. Acreditamos que o desconto múltiplo que as ações da Enel negociam em relação aos pares deve fechar ainda mais", disseram os analistas.

Em Madri, o Ibex 35 subiu 0,70%, aos 10.943,20 pontos. Em Lisboa o PSI 20 ganhou 0,79%, aos 6.227,92 pontos. As cotações são preliminares.

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