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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com Londres subindo mais de 1% após CPI do Reino Unido

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,19%, a 477,94 pontos

Centro financeiro de Londres, no Reino Unido (Alexander Spatari/Getty Images)

Centro financeiro de Londres, no Reino Unido (Alexander Spatari/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 14h54.

A Bolsa de Londres fechou em alta acima de 1% hoje, destoando dos índices continentais, em dia marcado pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido.

A desaceleração acima do esperado na leitura de novembro deu forças à percepção de cortes nas taxas pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) em 2024, impulsionando a bolsa, que contou ainda com alta de petroleiras. Do outro lado do Canal da Mancha, o tom foi cauteloso diante de sinais mais contidos a partir de indicadores e comentários de dirigentes, e maioria dos índices recuou.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,19%, a 477,94 pontos.

A alta acumulada em 12 meses do CPI do Reino Unido ficou em 3,9% a menor variação anual em mais de 2 anos. Segundo o diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mould, o dado de hoje parece não dar muitas opções ao BoE, senão cortar juros um pouco mais cedo do que a autoridade monetária tem anunciado. Para o analista da Oanda Craig Erlam, embora se espere que a desinflação desacelere existem agora muitas evidências de que está ocorrendo em maior grau do que se pensava, e foi exatamente isso que os mercados precificaram esta manhã.

Segundo o ING, o mercado agora vê 140 pontos-base em cortes de juros em 2024, a partir de maio. A instituição, no entanto, considera exagerada essa precificação. "Ainda pensamos que o BoE preferirá agir com um pouco mais de cautela, com cortes de 100 pontos-base começando em agosto", afirma. Entre os setores, petroleiras acompanharam a alta da commodity no mercado internacional. Em Londres, BP (+0,82%) e Royal Dutch Shell avançaram (1,55%), ajudando na alta de 1,02% do FTSE 100, a 7.715,68 pontos.

Já no continente, o índice de confiança do consumidor e a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha seguiram indicando fraqueza. Apesar de ter confirmado que os juros estão muito provavelmente em seu pico na Europa, o membro do Banco Central Europeu (BCE) Joachim Nagel alertou os investidores para possível excesso nas especulações sobre corte de juros. "Tenham cuidado, outras pessoas já especularam errado antes", advertiu. Em Frankfurt, o DAX teve queda de 0,07%, a 16.733,05 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,01%, a 30.361,21 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,32%, a 6.344,54 pontos.

Em Madri, as ações da Telefónica subiram 3,20%, depois que o governo da Espanha informou que comprará 10% de participação na empresa por meio da Sociedade Estatal de Participações Industriais (Sepi). Na cidade, o Ibex 35 recuou 0,05%, a 10.101 00 pontos. Já em Paris, o CAC 40 avançou, com 0,12%, a 7.583,43 pontos.

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