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Bolsas da Europa fecham com viés negativo, em meio a dúvidas sobre aposta por cortes de juros

Sinais mistos sobre o setor corporativo e a queda firme do petróleo também agravaram a pressão nos negócios

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de novembro de 2023 às 15h52.

Última atualização em 16 de novembro de 2023 às 17h47.

As Bolsas da Europa encerraram uma sequência de três pregões no azul e fecharam com viés negativo nesta quinta-feira, 16, em meio a crescentes questionamentos quanto à aposta de investidores de que bancos centrais empreenderão um agressivo relaxamento monetário no ano que vem. Sinais mistos sobre o setor corporativo e a queda firme do petróleo também agravaram a pressão nos negócios.

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"O mercado pode estar numa espécie de modo espera até que as próximas reuniões do banco central ocorram no início e meados de dezembro", explica a AJ Bell.

Um dia após a desaceleração da inflação no Reino Unido ativar uma onda de busca por risco, a dirigente Megan Greene, do Banco da Inglaterra (BoE), assegurou nesta quinta que os juros ainda ficarão restritivos por um bom tempo, em uma aparente rejeição a precificação por um ciclo rápido de cortes em 2024.

Assim, o índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, encerrou a sessão em baixa de 1,01%, a 7.410,97 pontos. O papel da casa de moda de luxo Burberry liderou as perdas, em queda de 10,69%, após projetar enfraquecimento da demanda à frente. Já a ação da BP recuou 2,94%, na esteira da desvalorização de até 4% do petróleo, que volta a embutir incertezas sobre a demanda no preço.

Em Paris, TotalEnergies perdeu 2,43%, o que contribuiu para a retração de 0,57% do CAC 40, aos 7.168,40 pontos, na mínima do dia. Airbus subiu 0,05% após a Emirates Airline encomendar 15 jatos da empresa durante feira de aviação em Dubai. Na contramão dos negócios franceses, o índice DAX, de Frankfurt, ganhou 0,24% a 15.786,61 pontos.

Em segundo plano nas mesas de operações, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou para os riscos à estabilidade financeira associados ao quadro de juros elevados. Já o dirigente Klaas Knot destacou a resiliência do sistema após as reformas efetuadas na esteira da crise financeira de 2008.

Entre outras praças, o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,71%, a 29.258 10 pontos, na mínima do dia. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0 81%, a 6.247,63 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, se valorizou 0,34%, a 9.673,20 pontos. Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez superou uma série de protestos e foi escolhido para um novo mandato como premiê, após ter firmado um controverso acordo com separatistas da Catalunha.

Todas as cotações citadas são preliminares.

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