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Bolsa: o risco Temer no ensino

As empresas de educação viraram um símbolo de como o vaivém do governo Temer impacta a bolsa — especialmente para setores beneficiados pelas políticas do governo anterior. Na segunda-feira, as ações das quatro empresas listadas — Anima, Estácio, Kroton, Ser — caíram entre 2,4% e 7% após notícias sobre a suspensão do programa de financiamento […]

EDUCAÇÃO: empresas do setor sofreram com possível suspensão do Fies / Alexandre Battibugli
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 05h29.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h48.

As empresas de educação viraram um símbolo de como o vaivém do governo Temer impacta a bolsa — especialmente para setores beneficiados pelas políticas do governo anterior. Na segunda-feira, as ações das quatro empresas listadas — Anima, Estácio, Kroton, Ser — caíram entre 2,4% e 7% após notícias sobre a suspensão do programa de financiamento Fies. Na terça, com a notícia de que o Fies continua, as ações das empresas voltaram a subir.

“Essa volatilidade deve continuar. Toda vez que o governo fala em ajuste nas contas, os investidores olham para os programas mais beneficiados durante o governo Dilma como os possíveis afetados”, diz Rafael Ohmachi, analista da corretora Guide.

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As empresas de educação cresceram nos últimos anos fortemente amparadas pelo Fies. Kroton, Ser e Anima têm mais de 40% de sua base de alunos da graduação presencial com crédito do Fies. Na Estácio, 33% dos alunos da graduação presencial dependem do financiamento. No ano passado, quando o governo anunciou cortes no programa, as ações já despencaram. Esperava-se maior previsibilidade agora. Não é o que está acontecendo.

Nesta terça-feira, o governo anunciou que pretende incluir a educação no pacote que limita os gastos públicos. Com isso, o orçamento do Ministério da Educação deve ser ajustado anualmente apenas com base na inflação — dificultando a oferta de um número maior de contratos do Fies. No primeiro trimestre deste ano foram ofertadas 250.000 vagas, ante mais de 700.000 vagas em 2014. Se não houver novos anúncios de suspensão do programa, as empresas — e os estudantes — já estão no lucro.

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