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Bolsa fecha quase estável à espera de balanços; varejo avança com FGTS

Ibovespa subiu 0,08%, quebrando sequência de quatro quedas

Ibovespa (Amanda Perobelli/Reuters)

Ibovespa (Amanda Perobelli/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 17 de julho de 2019 às 17h27.

Última atualização em 17 de julho de 2019 às 17h32.

A bolsa brasileira voltou a subir nesta quarta-feira (17), ainda que quase nada. De todo modo, ela quebrou uma sequência de quatro quedas que não era vista desde abril. Ainda assim, o principal índice da B3 fechou abaixo dos 104 mil pontos, longe do último recorde alcançado na semana passada com a aprovação da reforma da Previdência em 1º turno na Câmara.

O Ibovespa terminou o dia com variação positiva de 0,08%.

À Reuters, o gestor Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital, destacou que o mercado está 'de lado' desde a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno. "Ficou meio sem notícias... Mercado agora está aguardando a temporada de resultados que vai começar."

Entre as empresas com ações no Ibovespa, a empresa de meios de pagamentos Cielo vai abrir a safra de balanços do segundo trimestre na próxima semana.

Magalu lidera ganhos do dia

As ações do Magazine Luiza ficaram na ponta positiva do índice. A varejista subiu em torno de 5%, a R$ 246 por ação, após o Bradesco BBI elevar a recomendação dos papéis de neutro para outperform (com desempenho melhor que a média do mercado) e colocar o preço-alvo a R$ 320 por ação. 

Os analistas do BBI apostam que o comércio eletrônico de vestuário, artigos esportivos e cosméticos é o próximo a se beneficiar da “segunda onda” do varejo. Com a aquisição da Netshoes, o Magalu sai na frente neste quesito.

A companhia informou esta semana que vai desdobrar suas ações de 1 para 8. A iniciativa não muda o capital social da empresa de R$ 1,77 bilhão, mas o objetivo é tornar as ações mais acessíveis aos investidores e aumentar sua liquidez (facilidade de negociação).

Também ajudou o anúncio do governo sobre a liberação do saque de até 35% do FGTS. A expectativa com a medida é liberar R$ 42 bilhões pelas contas do FGTS e R$ 21 bilhões do PIS, podendo atingir a marca de R$ 63 bilhões.

A liberação dos saques deve incentivar o consumo, impactando nas vendas das empresas ligadas ao setor de consumo. O índice do setor de consumo (ICON) avançou 0,7%, com LOJAS RENNER em alta de 1% e B2W subindo quase 3%. VIA VAREJO também passou a subir mais de 2%, após um ajuste pela manhã, já que a empresa aumula em julho uma valorização de mais de 40%.

Dólar em baixa com exterior

O dólar teve leve queda nesta quarta, respondendo mais uma vez ao movimento da moeda no exterior, onde predominam expectativas de que o Federal Reserve reduzirá os juros no fim deste mês, o que tende a melhorar a liquidez e atrair capital para mercados como o Brasil.

A correlação entre os mercados de câmbio doméstico e internacional subiu e já é a mais positiva desde março de 2018, numa evidência da forte aderência entre os movimentos local e estrangeiro nos últimos dias. A moeda caiu 0,25%, a 3,7617 reais na venda.

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