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Bovespa abre em alta e deve ter dia de grande volatilidade

Vencimento de opções sobre ações tende a aguçar o ritmo dos negócios locais, que também se concentra na última rodada da atual temporada de balanços

O Ibovespa abriu em alta de 0,69%, aos 53.841 pontos (Germano Lüders/EXAME)

O Ibovespa abriu em alta de 0,69%, aos 53.841 pontos (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 10h27.

São Paulo - Enquanto o exterior ensaia uma acomodação nesta manhã, após o turbilhão da semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta e não deve se livrar da volatilidade alta, ao menos até o início da tarde. O vencimento de opções sobre ações tende a aguçar o ritmo dos negócios locais, que também se concentra na última rodada da atual temporada de balanços. Atentos ainda ao noticiário vindo dos Estados Unidos e da Europa, os investidores repercutem os dados econômicos do dia. Às 10h05, o índice Bovespa (Ibovespa) tinha alta de 0,69%, aos 53.841 pontos.

Operadores das mesas de renda variável afirmaram à Agência Estado que a queda acentuada dos preços das ações das empresas negociadas na Bolsa nessas duas primeiras semanas de agosto deve reduzir o volume financeiro do exercício de opções de hoje. Ao mesmo tempo, há a expectativa de que o giro seja concentrado nas opções de venda, já que a maior parte das séries de opções abertas tem preço superior à cotação das ações no mercado à vista.

Desde o último vencimento, no mês passado, o Ibovespa perdeu mais de 5 mil pontos, o que significa uma desvalorização de quase 10% no período na principal carteira acionária. Entre as ações que concentram o exercício, Vale PNA fechou a sexta-feira passada cotada a R$ 39,16, mostrando que poucas séries serão exercidas. O mesmo ocorre com Petrobras PN, que encerrou o último pregão a R$ 20,30 - valor também inferior ao da maior parte das séries de opções abertas para a ação.

Passado o vencimento, os investidores podem antecipar a expectativa do mercado com a divulgação do balanço da estatal petrolífera, previsto para após o fechamento do pregão. Conforme média projetada por sete instituições financeiras consultadas pela Agência Estado, a Petrobras deve apresentar lucro líquido de R$ 10,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, em linha com os primeiros três deste ano e 29% maior do que no mesmo período no ano passado. O diretor financeiro e de relações com investidores, Almir Barbassa, discutirá o resultado em teleconferências com analistas e investidores amanhã.

A última rodada de divulgação da safra de resultados financeiros reversa também para hoje números da PDG Realty, Oi (TNLP), Hypermarcas, Dasa, Cosan, Marfrig e JBS, entre outras.

No exterior, persistem as preocupações sobre a fragilidade econômica nos EUA e a debilitada situação fiscal na Europa. Mas, por enquanto, os investidores parecem dispostos a ir às compras, aproveitando para se reposicionarem aos preços ainda convidativos das ações. Mais cedo, o índice de atividade industrial Empire State, do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de Nova York, decepcionou e aprofundou a queda para -7,72 em agosto, de -3,76 em julho, contrariando a previsão de alta para 1,5.

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