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Blanche: crise controlada levará dólar a R$ 1,70 no fim de 2012

Segundo consultor, o Brasil deverá fechar 2012 com saldo positivo no balanço de pagamentos de US$ 25 bilhões, contra US$ 60 bilhões este ano

2012 deverá ser o oposto de 2011, com um possível agravamento da crise no primeiro semestre e uma melhora no segundo (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2011 às 11h24.

São Paulo - O ano de 2012 deverá ser o oposto de 2011, com um possível agravamento da crise no primeiro semestre e uma melhora no segundo, levando o dólar a fechar o próximo ano em R$ 1,70, disse Nathan Blanche, especialista em câmbio e sócio da Tendências Consultoria Integrada.

“Mesmo com um primeiro semestre de muita volatilidade em 2012, nós não devemos ter um ‘credit crunch’”, disse Blanche hoje em uma entrevista por telefone em São Paulo. “A situação na Europa deverá estar sob controle no segundo semestre”.

O dólar recuava 0,1 por cento às 12:19, para R$ 1,8722, após atingir R$ 1,8864 na máxima do dia. No ano, a alta acumulada é de 11,5 por cento, maior valorização anual desde a crise de 2008, quando a moeda se valorizou 35 por cento.

Blanche disse que os países europeus devem avançar em reformas, permitindo uma redução da intensidade da crise na segunda metade do ano que vem. “Deverá haver uma maior federalização fiscal”.

O consultor disse que também espera um maior crescimento da economia americana em 2012, contribuindo para uma melhora do cenário externo no final do próximo ano.

Segundo Nathan Blanche, o Brasil deverá fechar 2012 com saldo positivo no balanço de pagamentos de US$ 25 bilhões, contra US$ 60 bilhões este ano.

“O fluxo ainda vai ser positivo”, embora menor do que em 2011, disse o consultor. Segundo ele, as commodities devem continuar assegurando o superávit da balança comercial.

Retirada de medidas

Blanche disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, poderá retirar parte das medidas adotadas este ano para conter a entrada de recursos externos no País, como o Imposto sobre Operações Financeiras sobre derivativos cambiais.

“Minha premissa é de que o governo vai revogar grande parte das medidas”.

O consultor disse ainda que prevê que a taxa básica de juros fechará 2012 em 9,5 por cento, contra 11 por cento no final deste ano, e que o Brasil crescerá 3,2 por cento. Esta taxa representaria uma aceleração ante a expansão de 2,9 por cento prevista para 2011, de acordo com estimativas dos analistas coletadas na pesquisa Focus do Banco Central.

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“Mesmo com um primeiro semestre de muita volatilidade em 2012, nós não devemos ter um ‘credit crunch’”, disse Blanche hoje em uma entrevista por telefone em São Paulo. “A situação na Europa deverá estar sob controle no segundo semestre”.

O dólar recuava 0,1 por cento às 12:19, para R$ 1,8722, após atingir R$ 1,8864 na máxima do dia. No ano, a alta acumulada é de 11,5 por cento, maior valorização anual desde a crise de 2008, quando a moeda se valorizou 35 por cento.

Blanche disse que os países europeus devem avançar em reformas, permitindo uma redução da intensidade da crise na segunda metade do ano que vem. “Deverá haver uma maior federalização fiscal”.

O consultor disse que também espera um maior crescimento da economia americana em 2012, contribuindo para uma melhora do cenário externo no final do próximo ano.

Segundo Nathan Blanche, o Brasil deverá fechar 2012 com saldo positivo no balanço de pagamentos de US$ 25 bilhões, contra US$ 60 bilhões este ano.

“O fluxo ainda vai ser positivo”, embora menor do que em 2011, disse o consultor. Segundo ele, as commodities devem continuar assegurando o superávit da balança comercial.

Retirada de medidas

Blanche disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, poderá retirar parte das medidas adotadas este ano para conter a entrada de recursos externos no País, como o Imposto sobre Operações Financeiras sobre derivativos cambiais.

“Minha premissa é de que o governo vai revogar grande parte das medidas”.

O consultor disse ainda que prevê que a taxa básica de juros fechará 2012 em 9,5 por cento, contra 11 por cento no final deste ano, e que o Brasil crescerá 3,2 por cento. Esta taxa representaria uma aceleração ante a expansão de 2,9 por cento prevista para 2011, de acordo com estimativas dos analistas coletadas na pesquisa Focus do Banco Central.

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