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BC contém ímpeto e dólar encerra em alta de 0,09%

No Brasil, leilão do Banco Central e a expectativa com uma entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, contiveram o ímpeto da moeda norte-americana

No ano, o dólar acumula avanço de 10,61% e, no mês, elevação de 1,39% (Arif Ali/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 17h32.

São Paulo - Os dados sobre a geração de empregos nos Estados Unidos, divulgados pela manhã, geraram uma pressão de alta para o dólar em todo o mundo, em meio à percepção de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) está perto de reduzir seus estímulos à economia.

No Brasil, porém, um leilão do Banco Central e a expectativa com uma entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, contiveram o ímpeto da moeda norte-americana, que ainda assim encerrou em alta de 0,09% no balcão, a R$ 2,2620. No ano, o dólar acumula avanço de 10,61% e, no mês, elevação de 1,39%.

Na mínima, logo na abertura, o dólar à vista atingiu R$ 2,2460 (-0,62%) e, na máxima foi cotado a R$ 2,2700 (+0,44%). Perto das 16h30 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,349 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto valia R$ 2,2735, em alta de 0,51%.

No início do dia, o dólar operou no território negativo, com os investidores à espera do leilão de swap (equivalente à venda de dólares no mercado futuro). O anúncio do leilão havia sido feito na tarde da véspera pelo BC.

No entanto, os dados positivos do relatório de empregos dos EUA (payroll) mudaram a perspectiva para a moeda. De acordo com o Departamento do Trabalho, a economia norte-americana gerou 195 mil empregos em junho - acima da previsão de 160 mil novas vagas. Além disso, o número de criação de vagas em maio foi revisado para cima, a 195 mil, de 175 mil da leitura original.

Os números aumentaram a expectativa de que o Fed esteja próximo de iniciar a redução de seus estímulos à economia. Com isso, o dólar ganhou impulso ante boa parte das divisas com elevada correlação com commodities, como o real brasileiro.

"Só que o Banco Central, no leilão de swap, colocou praticamente R$ 2 bilhões no sistema. Isso fez com que nossa moeda (real) não se depreciasse como as outras, apesar de o cenário ser de um dólar forte", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

No leilão, o Banco Central vendeu 38,9 mil contratos de swap cambial com dois vencimentos, considerando a oferta total de 40 mil contratos.

À tarde, com o dólar em alta - em menor intensidade do que o movimento no exterior -, surgiu a notícia de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reunirá com a presidente Dilma Rousseff após as 17 horas. A expectativa com a reunião foi o suficiente para que o dólar voltasse a cair, pontualmente, em relação ao real. Um profissional lembrou que sempre que os dois se reúnem surgem especulações sobre mudanças na equipe econômica ou novas medidas cambiais.

Mantega, porém, deu entrevista, antes da reunião, sobre a possibilidade de redução das alíquotas de importação de insumos básicos. A medida, segundo ele, não será imediata e dependerá da oscilação do dólar.

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São Paulo - Os dados sobre a geração de empregos nos Estados Unidos, divulgados pela manhã, geraram uma pressão de alta para o dólar em todo o mundo, em meio à percepção de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) está perto de reduzir seus estímulos à economia.

No Brasil, porém, um leilão do Banco Central e a expectativa com uma entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, contiveram o ímpeto da moeda norte-americana, que ainda assim encerrou em alta de 0,09% no balcão, a R$ 2,2620. No ano, o dólar acumula avanço de 10,61% e, no mês, elevação de 1,39%.

Na mínima, logo na abertura, o dólar à vista atingiu R$ 2,2460 (-0,62%) e, na máxima foi cotado a R$ 2,2700 (+0,44%). Perto das 16h30 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,349 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto valia R$ 2,2735, em alta de 0,51%.

No início do dia, o dólar operou no território negativo, com os investidores à espera do leilão de swap (equivalente à venda de dólares no mercado futuro). O anúncio do leilão havia sido feito na tarde da véspera pelo BC.

No entanto, os dados positivos do relatório de empregos dos EUA (payroll) mudaram a perspectiva para a moeda. De acordo com o Departamento do Trabalho, a economia norte-americana gerou 195 mil empregos em junho - acima da previsão de 160 mil novas vagas. Além disso, o número de criação de vagas em maio foi revisado para cima, a 195 mil, de 175 mil da leitura original.

Os números aumentaram a expectativa de que o Fed esteja próximo de iniciar a redução de seus estímulos à economia. Com isso, o dólar ganhou impulso ante boa parte das divisas com elevada correlação com commodities, como o real brasileiro.

"Só que o Banco Central, no leilão de swap, colocou praticamente R$ 2 bilhões no sistema. Isso fez com que nossa moeda (real) não se depreciasse como as outras, apesar de o cenário ser de um dólar forte", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

No leilão, o Banco Central vendeu 38,9 mil contratos de swap cambial com dois vencimentos, considerando a oferta total de 40 mil contratos.

À tarde, com o dólar em alta - em menor intensidade do que o movimento no exterior -, surgiu a notícia de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reunirá com a presidente Dilma Rousseff após as 17 horas. A expectativa com a reunião foi o suficiente para que o dólar voltasse a cair, pontualmente, em relação ao real. Um profissional lembrou que sempre que os dois se reúnem surgem especulações sobre mudanças na equipe econômica ou novas medidas cambiais.

Mantega, porém, deu entrevista, antes da reunião, sobre a possibilidade de redução das alíquotas de importação de insumos básicos. A medida, segundo ele, não será imediata e dependerá da oscilação do dólar.

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