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BB deixa concorrentes para trás com oferta da BB Seguridade

Desde o anúncio da oferta de ações do BB Seguridade as ações ordinárias do banco acumulam alta de 28,91%


	Agência do Banco do Brasil: oferta foi capaz inclusive de anular notícias ruins para o BB, como o anúncio da intenção de comprar um banco na Flórida por certa de US$ 800 milhões
 (ALAN MARQUES)

Agência do Banco do Brasil: oferta foi capaz inclusive de anular notícias ruins para o BB, como o anúncio da intenção de comprar um banco na Flórida por certa de US$ 800 milhões (ALAN MARQUES)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 10h09.

São Paulo - A oferta de ações da BB Seguridade deu novo impulso para as ações do Banco do Brasil desde seu anúncio, no fim o ano passado. Os papéis subiram com a perspectiva de que o banco será beneficiado com a abertura de capital de sua área de seguros e previdência, que promete ser uma das maiores já realizadas no mercado brasileiro, levantando até R$ 12,3 bilhões, atrás apenas da do Santander. A reserva das ações para o varejo se encerra dia 24, quarta-feira da semana que vem.

O impacto da oferta nas ações do BB fica mais claro quando se compara o desempenho dos papéis dos bancos. De 23 de novembro, um dia antes do anúncio da oferta, até ontem, dia 18, as ações ordinárias (ON, como voto) do BB acumulam alta de 28,91%, para 2,56% do Bradesco, 4,15% do Itaú Unibanco e -1,49% do Santander. Já o Índice Bovespa cai 7,66% no mesmo período, segundo dados da Economática.

Para um gestor de recursos que pediu para não ser citado, a oferta beneficiou quem comprou ações do banco. “Ela valorizou os papéis ao trazer para o mercado um valor oculto no banco”, afirma. Esse gestor foi um dos que usou as ações do BB para tirar proveito da oferta, sem correr o risco de aplicar em uma nova empresa ainda sem histórico no mercado e com estimativas de retorno que criam dúvidas em alguns analistas.

A oferta foi capaz inclusive de anular notícias ruins para o BB, como o anúncio da intenção de comprar um banco na Flórida por certa de US$ 800 milhões (R$ 1,6 bilhão) e de adquirir mais R$ 2 bilhões em ações sem direito a voto (PN) do Banco Votorantim. No primeiro caso, a leitura é que a operação fora não agregaria tanto valor ao banco quanto o mercado interno.

No segundo, há o receio com o aumento do investimento em um banco que teve fortes perdas de crédito no ano passado, e por meio de papéis que não dão direito a voto.

”Esses investimentos não parecem agregar muito valor ao banco e causam muito desconforto para os investidores, que ainda estão apreensivos com o resultado das políticas de ampliação de crédito no ano passado para derrubar os juros dos empréstimos”, diz um analista do mercado.

De qualquer maneira, o mercado ignorou essas notícias e puxou os preços do papel do BB pelos ganhos com a oferta, que deve ser um sucesso, apesar do ambiente ruim para a bolsa esta semana, que jogou o Ibovespa de volta aos 52 mil pontos. A estimativa de preços para o papel está entre R$ 15 e R$ 18, o que dá uma média de R$ 16,50. A oferta chegou a ser suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na segunda-feira por problemas na publicidade da operação, mas foi retomada poucos dias depois.

Abaixo, gráfico com o comportamento das ações dos bancos de 23 de novembro para cá, conforme a Economática.

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