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Bancos encostam em empresas tecnológicas no índice S&P 500

Bancos, corretoras e seguradoras formam 16,8 por cento do S&P 500, quase o dobro que em 2009 e muito perto dos 17,6 por cento das companhias tecnológicas

O Bank of America Corp. e a Morgan Stanley estão ajudando a liderar os ganhos deste mês após ultrapassarem as estimativas dos analistas (Davis Turner/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 15h01.

Nova York – As companhias financeiras americanas, impulsionadas pelo maior crescimento dos lucros no índice S&P 500, estão a caminho de voltar a ser o maior setor do mercado pela primeira vez desde a crise creditícia.

Bancos , corretoras e seguradoras formam 16,8 por cento do S&P 500, quase o dobro que em 2009 e muito perto dos 17,6 por cento das companhias tecnológicas, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O Bank of America Corp. e a Morgan Stanley estão ajudando a liderar os ganhos deste mês após ultrapassarem as estimativas dos analistas, ao passo que a Intel Corp. e a Microsoft Corp. estão entre as companhias de pior desempenho, abaixo das expectativas.

Para os altistas a mudança mostra que os bancos liderarão a economia mesmo depois que a Reserva Federal americana começar a reduzir seus estímulos. Já os baixistas afirmam que os lucros do S&P 500 teriam caído nesse trimestre se não fossem os bancos e remarcam que em 2008 foi a última vez que o setor financeiro foi o maior setor e as consequências foram desastrosas.

O Bank of America, a Morgan Stanley e a E*Trade Financial Corp. subiram pelo menos 13 por cento neste mês, impulsionando as ações das companhias do setor. A Broadcom Corp., que caiu 19 por cento em julho, e a Microsoft, que recuou 8,5 por cento, estão arrastando as ações de tecnologia para o segundo pior desempenho entre as atividades.

Os fabricantes de computadores e designers de software anunciaram lucros 0,4 por cento abaixo da estimativa média, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os bancos foram o maior setor americano no mercado altista iniciado em 2002, quando o S&P 500 mais do que dobrou e a economia cresceu 3,5 por cento anual, segundo dados compilados pela Bloomberg.

No final da década de 1990, as companhias financeiras chegaram a constituir 18,8 por cento do índice, o que coincidiu com a maior alta de ações da história e com um crescimento anual médio do PIB acima de 4 por cento.


Crise financeira

O último mês em que as ações das financeiras foram o maior grupo do S&P 500 foi maio de 2008, quatro meses antes de a Lehman Brothers Holdings Inc. declarar falência, a maior na história dos EUA.

O setor bancário perdeu um recorde de US$ 14,65 por ação no último trimestre de 2008 e sofreu reduções de valor ligadas a créditos por mais de US$ 2 trilhões devido a operações e empréstimos imobiliários arriscados, que levaram à crise creditícia. No seguinte ano e meio, o mercado americano de ações perdeu US$ 11 trilhões, segundo dados da Bloomberg.

Os reguladores estão fazendo regras mais rigorosas para aumentar a transparência e reduzir riscos, a fim de evitar outro desastre financeiro. Eles estão exigindo requisitos mínimos de capital mais elevados, a proibição de operações com recursos próprios e um requerimento para que mais operações de swaps sejam feitas através de câmaras de compensação, que exigem garantia antecipada.

Melhorando os relatórios

Os seis maiores bancos americanos aumentaram sua receita no primeiro trimestre pela primeira vez em quatro anos após passar uma década reduzindo custos. Neste mês, as ações da JPMorgan aumentaram 6,2 por cento e a companhia anunciou lucros superiores ao esperado.

“Esses bancos continuarão subindo”, disse Dan Veru, chefe de investimentos da Palisade Capital Management LLC, que gerencia US$ 4,5 bilhões. “Agora, os investidores estão começando a dizer que precisamos colocar o dinheiro deles para trabalhar nesse setor”.

“O setor financeiro foi o mais afetado na crise e desde então eles tem passado o tempo lambendo suas feridas”, disse Todd Lowenstein, gerente de fundos na HighMark Capital Management Inc., que supervisiona US$ 19 bilhões. “Ainda estamos na fase inicial da recuperação”.

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Nova York – As companhias financeiras americanas, impulsionadas pelo maior crescimento dos lucros no índice S&P 500, estão a caminho de voltar a ser o maior setor do mercado pela primeira vez desde a crise creditícia.

Bancos , corretoras e seguradoras formam 16,8 por cento do S&P 500, quase o dobro que em 2009 e muito perto dos 17,6 por cento das companhias tecnológicas, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O Bank of America Corp. e a Morgan Stanley estão ajudando a liderar os ganhos deste mês após ultrapassarem as estimativas dos analistas, ao passo que a Intel Corp. e a Microsoft Corp. estão entre as companhias de pior desempenho, abaixo das expectativas.

Para os altistas a mudança mostra que os bancos liderarão a economia mesmo depois que a Reserva Federal americana começar a reduzir seus estímulos. Já os baixistas afirmam que os lucros do S&P 500 teriam caído nesse trimestre se não fossem os bancos e remarcam que em 2008 foi a última vez que o setor financeiro foi o maior setor e as consequências foram desastrosas.

O Bank of America, a Morgan Stanley e a E*Trade Financial Corp. subiram pelo menos 13 por cento neste mês, impulsionando as ações das companhias do setor. A Broadcom Corp., que caiu 19 por cento em julho, e a Microsoft, que recuou 8,5 por cento, estão arrastando as ações de tecnologia para o segundo pior desempenho entre as atividades.

Os fabricantes de computadores e designers de software anunciaram lucros 0,4 por cento abaixo da estimativa média, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os bancos foram o maior setor americano no mercado altista iniciado em 2002, quando o S&P 500 mais do que dobrou e a economia cresceu 3,5 por cento anual, segundo dados compilados pela Bloomberg.

No final da década de 1990, as companhias financeiras chegaram a constituir 18,8 por cento do índice, o que coincidiu com a maior alta de ações da história e com um crescimento anual médio do PIB acima de 4 por cento.


Crise financeira

O último mês em que as ações das financeiras foram o maior grupo do S&P 500 foi maio de 2008, quatro meses antes de a Lehman Brothers Holdings Inc. declarar falência, a maior na história dos EUA.

O setor bancário perdeu um recorde de US$ 14,65 por ação no último trimestre de 2008 e sofreu reduções de valor ligadas a créditos por mais de US$ 2 trilhões devido a operações e empréstimos imobiliários arriscados, que levaram à crise creditícia. No seguinte ano e meio, o mercado americano de ações perdeu US$ 11 trilhões, segundo dados da Bloomberg.

Os reguladores estão fazendo regras mais rigorosas para aumentar a transparência e reduzir riscos, a fim de evitar outro desastre financeiro. Eles estão exigindo requisitos mínimos de capital mais elevados, a proibição de operações com recursos próprios e um requerimento para que mais operações de swaps sejam feitas através de câmaras de compensação, que exigem garantia antecipada.

Melhorando os relatórios

Os seis maiores bancos americanos aumentaram sua receita no primeiro trimestre pela primeira vez em quatro anos após passar uma década reduzindo custos. Neste mês, as ações da JPMorgan aumentaram 6,2 por cento e a companhia anunciou lucros superiores ao esperado.

“Esses bancos continuarão subindo”, disse Dan Veru, chefe de investimentos da Palisade Capital Management LLC, que gerencia US$ 4,5 bilhões. “Agora, os investidores estão começando a dizer que precisamos colocar o dinheiro deles para trabalhar nesse setor”.

“O setor financeiro foi o mais afetado na crise e desde então eles tem passado o tempo lambendo suas feridas”, disse Todd Lowenstein, gerente de fundos na HighMark Capital Management Inc., que supervisiona US$ 19 bilhões. “Ainda estamos na fase inicial da recuperação”.

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