Bancos americanos, dados da China e inflação ao produtor nos EUA: 3 assuntos que movem o mercado
Bolsas operam perto da estabilidade com resultados do quarto trimestre e índices de inflação no radar; lucro e receita da BlackRock superam estimativa para o quarto trimestre
Repórter
Publicado em 12 de janeiro de 2024 às 08h24.
Última atualização em 12 de janeiro de 2024 às 08h36.
Os mercados internacionais iniciaram esta sexta-feira, 12, sem uma direção definida, após os dados da inflação ao consumidor americano divulgados na véspera terem colocado um ponto de interrogação na cabeça dos gestores. Acima do esperado, o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) foi na mesma direção dos números de desemprego, que mostraram um mercado de trabalho ainda aquecido nos Estados Unidos e, portanto, sem a necessidade de grandes cortes de juros. Mas a euforia no mercado tem falado mais alto, com investidores voltando a aumentar a aposta em cortes de juros em março. Após uma leve retração da probabilidade para 60%, investidores passaram a precificar mais de 70% de chance de o primeiro corte de juros vir em março.
PPI nos EUA
Nesta sexta, serão divulgados novos dados da inflação dos Estados Unidos. Desta vez, ao produtor. A expectativa é de que o Índice de Preço ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) fique em 0,1% em dezembro, com o núcleo indo a 1,9% na comparação anual. Mas se o payroll e os dados de inflação ao consumidor acima do esperado tiveram impactos apenas marginais, é pouco provável que o PPI de hoje tenha algum efeito significativo sobre as curvas de juros americanas.
Balanços de bancos americanos
O que deve ter maior impacto no mercado são os balanços dos grandes bancos americanos que serão divulgados ao longo desta manhã. Entre os mais aguardados estão os do J.P. Morgan, Citigroup, Bank of America e Wells Fargo. A gestora BlackRock, que já reportou seus números nesta sexta, superou as estimativas para lucro e receita, com resultado líquido de US$ 9,66 por ação e receita de US$ 4,63 bilhões no quarto trimestre.
Deflação e balança comercial da China
Investidores também digerem nesta manhã a série de dados econômicos divulgados na China. Por lá, onde o problema vem sendo a deflação (e não a inflação), o Índice de Preço ao Consumidor chinês fechou 2023 negativo em 0,3%, com queda de 2,7% em sua inflação ao produtor. Na balança comercial, o saldo em dezembro foi de 540 bilhões de iuanes, 20 bilhões acima do esperado, devido à surpresa positiva com a alta de 2,7% das exportações. Esperava-se um aumento de apenas 1,7%.