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Banco Inter: um IPO na emenda do feriado

ÀS SETE - A precificação foi concluída na quinta-feira-feira: 18,50, pouco acima do piso da faixa, que ia de 18 a 23 reais

IPO: empresas estão apostando na abertura de capital neste ano (Scyther5/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2018 às 07h17.

Última atualização em 4 de maio de 2018 às 11h17.

A recente onda de IPOs de 2018 continua nesta segunda-feira com o Banco Inter , uma das operações financeiras mais modernas, e ambiciosas, do país. A instituição começa a negociar suas ações na B3 em plena emenda de feriado.

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A precificação foi concluída na quinta-feira-feira: 18,50, pouco acima do piso da faixa, que ia de 18 a 23 reais. O Inter vai à bolsa valendo 1,9 bilhão de reais e levantando 541 milhões de reais na oferta primária e 180 milhões na secundária. Investidores brasileiros ficaram com 57% dos papéis.

Criado pela família Menin, dona da construtora MRV, o Inter tem como principal bandeira a gratuidade na abertura de contas, no pedido de cartão e nas transferências. A média diária de abertura de contas chegou a 2.000 no final de 2017. A meta era fechar o ano com 1 milhão de correntistas.

A instituição foi fundada em 1994 com o nome de Intermedium, e era uma financeira dedicada a oferecer financiamentos imobiliários. A MRV deixou de ser a controladora da financeira ao fazer seu IPO, em 2007.

Desde então o Intermedium passou a oferecer crédito e consignado também para pequenas e médias empresas. Foi João Menin, filho caçula de Rubens Menin, fundador da MRV, quem comandou a guinada digital que abreviou o nome da instituição e a levou à bolsa.

Um dos maiores desafios do Inter é mostrar que consegue se manter competitivo apesar de uma estratégia que pode ser facilmente copiada por concorrentes muito maiores. A saída, segundo especialistas, é oferecer uma experiência para o cliente diferente da que está acostumado a encontrar nos grandes bancos.

Na semana passada a empresa de pesquisas financeiras Eleven enviou um relatório a seus clientes afirmando que o Inter precisa que TUDO (em maísculas mesmo) dê certo para que suas ações tenham bom desempenho. Segundo a Eleven, as operações do Inter são excessivamente mecânicas para que a companhia seja precificada como uma fintech.

O IPO do Inter vem num momento de otimismo na bolsa. As duas empresas que abriram capital na semana passada, as operadoras de saúde Hapvida e Intermédica, tiveram valorização acima de 20% em seus papéis nos primeiros dias de pregão.

A cearense Hapvida, líder no Nordeste, estreou ontem com alta de 22,77% nas ações, numa operação que levantou 3,4 bilhões de reais e teve procura seis vezes maior do que a oferta. A Intermédica levantou 2,7 bilhões de reais.

Outras três empresas estão na fila para abrir o capital nas próximas semanas: a fabricante de calçados Dass Nordeste Calçados, a administradora de shoppings JHSF e o grupo SBF — dono da varejista Centauro.

Neste time, todos torcem para que o banco Inter mantenha o bom momento de quem foi à bolsa em 2018. Com Copa do Mundo e eleições no radar, o tempo é curto.

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