O Banco Popular da China adicionou 289 bilhões de iuanes líquidos (US$ 39,6 bilhões) ao sistema financeiro (Peng Song/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 16 de outubro de 2023 às 12h20.
Última atualização em 16 de outubro de 2023 às 12h30.
O Banco central chinês intensificou os esforços para apoiar a recuperação econômica do país com sua maior injeção de liquidez desde 2020, através de empréstimos de um ano.
O Banco Popular da China adicionou 289 bilhões de iuanes líquidos (US$ 39,6 bilhões) ao sistema financeiro através do chamado mecanismo de empréstimo de médio prazo. Foi a maior injeção mensal desde dezembro de 2020. Ao mesmo tempo, drenou 134 bilhões de iuanes líquidos através de operações de mercado aberto.
O aporte proporcionará aos credores fundos suficientes para tomarem mais dívida do governo central e governos regionais.
“A injeção adicional visa manter condições estáveis de liquidez interbancária”, disse Becky Liu, chefe de estratégia macro para China no Standard Chartered. “Também reflete uma maior procura por liquidez por parte dos bancos comerciais.”
A autoridade monetária da China manteve sua taxa de juro de referência de um ano inalterada em 2,5%, em linha com as expectativas. O rendimento dos títulos soberanos de dois a dez anos aumentaram até 0,04 ponto percentual nesta segunda-feira, 16.
Pequim avalia uma nova rodada de estímulos para tentar cumprir a meta oficial de crescimento de 5%. O Ministério das Finanças vendeu 1,2 trilhão de iuanes em títulos do governo central em setembro, 60% acima da média do mesmo período nos últimos três anos, drenando dinheiro do sistema.
Haverá mais emissão de dívida, incluindo um programa de 1 trilhão de iaunes para ajudar os governos regionais a refinanciarem esqueletos — um risco que Pequim está empenhada em reduzir. As autoridades também avaliam vendas adicionais de dívida de pelo menos 1 trilhão de iuanes para gastos em infraestruturas, informou a Bloomberg News anteriormente.
“A injeção é útil para estabilizar a oferta de liquidez do mercado”, disse Ming Ming, economista-chefe do Citic Securities.