Atuação do Japão no câmbio impacta iene; bolsas caem
Governo agiu por conta própria para conter movimentos especulativos e desordenados em relação à moeda
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 08h09.
São Paulo - As praças financeiras globais experimentavam mais uma sessão negativa nesta quinta-feira, com preocupações sobre o crescimento econômico ainda minando o apetite de investidores a risco. Tal preocupação, inclusive, levou o Japão a atuar no mercado de câmbio hoje a fim de frear a valorização do iene frente ao dólar, considerada nociva à recuperação do país.
O ministro de Finanças, Yoshihiko Noda, disse que o Japão agiu por conta própria e destinado a conter movimentos especulativos e desordenados em relação à moeda. Ele se recusou a comentar sobre o tamanho da intervenção ou que moedas o Japão comprou. De acordo com traders, o Japão teria vendido mais de 1 trilhão de ienes.
O Banco do Japão ainda elevou de 10 trilhões para 15 trilhões de ienes o montante em ativos financeiros que pretende comprar sob um programa estabelecido em outubro de 2010 para melhorar a confiança do mercado e ajudar a economia. O BC também elevou de 30 trilhões para 35 trilhões de ienes o programa que oferece recursos via operações de mercado a uma taxa fixa de 0,1 por cento. O BC japonês manteve o juro do país entre zero e 0,1 por cento.
Em razão disso, o dólar valorizava-se 3,69 por cento, a 79,89 ienes, às 7h35, corroborando a alta de 1,10 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. O euro também recuava frente à moeda norte-americana, 0,68 por cento, a 1,4235 dólar. A Espanha obteve demanda sólida em um leilão de títulos de curto prazo, mas pagou yields elevados, o que demonstra que segue a apreensão com a crise de dívida da região.
Na Europa, aliás, o Banco Central Europeu também reúne-se nesta manhã, mas é o discurso do presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, que ocupa as atenções, uma vez que não se espera mudança na taxa de juros da zona do euro. Vale citar, contudo, que a Turquia surpreendeu analistas mais cedo ao reduzir sua taxa básica.
O Banco Central da Turquia reduziu a taxa básica de juros do país de 6,25 para 5,75 por cento, enquanto elevou sua taxa para a tomada de empréstimos pelo BC de 1,5 para 5 por cento. O juro para a concessão de empréstimos permaneceu em 9 por cento.
Todos os 18 analistas em uma pesquisa da Reuters estimavam que o banco aumentaria a taxa de juro overnight da tomada de empréstimo, mas havia apenas uma previsão de um corte na taxa básica.
Entre os índices acionários, o MSCI para ações globais cedia 0,99% e para emergentes, 1,12 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 1,62 por cento. Em Tóquio, o Nikkei ainda subiu 0,23 por cento, bem como o índice da bolsa de Xangai fechou com elevação de 0,21 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 chegou a subir mais cedo, mas recuava 0,96 por cento. O futuro do norte-americano S&P-500 caía 0,94 por cento --11,80 pontos.
A pauta dos Estados Unidos também merece ser monitorada com a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego da semana passada, enquanto se espera o relatório de julho do governo sobre o mercado de trabalho norte-americano, na sexta-feira. Da agenda corporativa, devem repercutir os resultados trimestrais de General Motors, Kraft Foods e AIG.
Da cena brasileira, vale acompanhar a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no programa "Bom Dia, Ministro", às 8h. Também podem fazer preço os números de julho da Anfavea sobre produção e venda de veículos. Da safra de balanços, Gerdau) apresenta seu desempenho no segundo trimestre antes da abertura das operações, enquanto os números de B2W e Lojas Americanas são aguardados para após o fechamento.
São Paulo - As praças financeiras globais experimentavam mais uma sessão negativa nesta quinta-feira, com preocupações sobre o crescimento econômico ainda minando o apetite de investidores a risco. Tal preocupação, inclusive, levou o Japão a atuar no mercado de câmbio hoje a fim de frear a valorização do iene frente ao dólar, considerada nociva à recuperação do país.
O ministro de Finanças, Yoshihiko Noda, disse que o Japão agiu por conta própria e destinado a conter movimentos especulativos e desordenados em relação à moeda. Ele se recusou a comentar sobre o tamanho da intervenção ou que moedas o Japão comprou. De acordo com traders, o Japão teria vendido mais de 1 trilhão de ienes.
O Banco do Japão ainda elevou de 10 trilhões para 15 trilhões de ienes o montante em ativos financeiros que pretende comprar sob um programa estabelecido em outubro de 2010 para melhorar a confiança do mercado e ajudar a economia. O BC também elevou de 30 trilhões para 35 trilhões de ienes o programa que oferece recursos via operações de mercado a uma taxa fixa de 0,1 por cento. O BC japonês manteve o juro do país entre zero e 0,1 por cento.
Em razão disso, o dólar valorizava-se 3,69 por cento, a 79,89 ienes, às 7h35, corroborando a alta de 1,10 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. O euro também recuava frente à moeda norte-americana, 0,68 por cento, a 1,4235 dólar. A Espanha obteve demanda sólida em um leilão de títulos de curto prazo, mas pagou yields elevados, o que demonstra que segue a apreensão com a crise de dívida da região.
Na Europa, aliás, o Banco Central Europeu também reúne-se nesta manhã, mas é o discurso do presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, que ocupa as atenções, uma vez que não se espera mudança na taxa de juros da zona do euro. Vale citar, contudo, que a Turquia surpreendeu analistas mais cedo ao reduzir sua taxa básica.
O Banco Central da Turquia reduziu a taxa básica de juros do país de 6,25 para 5,75 por cento, enquanto elevou sua taxa para a tomada de empréstimos pelo BC de 1,5 para 5 por cento. O juro para a concessão de empréstimos permaneceu em 9 por cento.
Todos os 18 analistas em uma pesquisa da Reuters estimavam que o banco aumentaria a taxa de juro overnight da tomada de empréstimo, mas havia apenas uma previsão de um corte na taxa básica.
Entre os índices acionários, o MSCI para ações globais cedia 0,99% e para emergentes, 1,12 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 1,62 por cento. Em Tóquio, o Nikkei ainda subiu 0,23 por cento, bem como o índice da bolsa de Xangai fechou com elevação de 0,21 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 chegou a subir mais cedo, mas recuava 0,96 por cento. O futuro do norte-americano S&P-500 caía 0,94 por cento --11,80 pontos.
A pauta dos Estados Unidos também merece ser monitorada com a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego da semana passada, enquanto se espera o relatório de julho do governo sobre o mercado de trabalho norte-americano, na sexta-feira. Da agenda corporativa, devem repercutir os resultados trimestrais de General Motors, Kraft Foods e AIG.
Da cena brasileira, vale acompanhar a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no programa "Bom Dia, Ministro", às 8h. Também podem fazer preço os números de julho da Anfavea sobre produção e venda de veículos. Da safra de balanços, Gerdau) apresenta seu desempenho no segundo trimestre antes da abertura das operações, enquanto os números de B2W e Lojas Americanas são aguardados para após o fechamento.