Assaí: lojas mais 'amigáveis' de olho em recorrência de consumidores (Germano Lüders/Exame)
Karina Souza
Publicado em 24 de novembro de 2022 às 11h04.
Última atualização em 25 de novembro de 2022 às 19h08.
O Assaí (ASAI3) vai inaugurar mais lojas do que o previsto em 2022. A varejista, que previa inicialmente abrir 50 lojas em 2022, agora estima que 58 inaugurações devem ser feitas até o fim do ano -- destas, 45 são conversões dos pontos adquiridos do Extra e 13 são orgânicas, construídas do zero. A empresa chegou à meta de 250 lojas abertas no país nesta quarta-feira e pretende chegar a 300 em 2023, de acordo com comunicado enviado à imprensa.
Pouco mais de um ano depois da cisão do GPA e do anúncio do recorde de aberturas para um período de doze meses — com a inauguração de 28 novas unidades em 2021 — a empresa já mais do que dobrou esse número em 2022. De janeiro para cá, a empresa já inaugurou 43 novas lojas em diferentes estados, tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. Do total de novas aberturas, 11 foram orgânicas (construídas do zero) e 32 vieram a partir dos pontos comprados do Extra. Para lembrar: na aquisição de parte dos pontos de venda da rede de hipermercados, 70 pontos comerciais vieram para debaixo do ‘guarda-chuva’ do Assaí.
De acordo com informações divulgadas pela empresa nesta quinta-feira, até o fim deste ano, considerando a meta total de abertura de lojas, serão gerados 20 mil postos de trabalho no Brasil. Isso sem contar as obras de construção, que empregam, em média, 350 pessoas cada.
As inaugurações refletem apenas o passo mais recente de transformações pelas quais o Assaí passa. Com o aumento da procura de consumidores pelo modelo de atacarejo – especialmente durante a pandemia – a companhia tem investido num modelo de loja menos próximo ao formato de loja tradicional do setor e mais próximo das conveniências de um supermercado. Mais bebidas especiais, categoria automotiva e serviço de açougue e frios são alguns dos exemplos de inclusões feitas nas novas lojas.
Mesmo com expansão acelerada, a empresa reportou, no terceiro trimestre, crescimento de 9% nas vendas mesmas lojas (SSS). A receita líquida somou R$ 13,8 bilhões, com avanço de 29% na comparação anual. Na última linha do balanço, o lucro caiu mais de 47% na comparação anual, para R$ 281 milhões -- porém, sem as despesas de expansão, teria ficado em R$ 318 milhões, 4% maior do que no terceiro trimestre de 2021.
No ano, as ações da empresa acumulam valorização de 53,3%. Nesta quinta-feira, a empresa está avaliada em R$ 26,2 bilhões na bolsa.