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As empresas que apanharam sem merecer na Bovespa

Veja as 5 ações que desvalorizaram mais do que deveriam com o recente pessimismo do mercado, segundo a Ativa Corretora

Após o nocaute, hora de levantar (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 07h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h28.

São Paulo – Selic em alta, incertezas macroeconômicas e um Ibovespa sem grande fôlego são apenas alguns motivos que fazem da bolsa brasileira um ambiente pouco convidativo atualmente.No acumulado de 2013, o principal índice da Bovespa, registra amargos 15% negativos. Mas, na recente onda de pessimismo existem papéis que apanharam mais do que deveriam, segundo a Ativa Corretora. Confira quais são as empresas que estão subavaliadas pelos investidores, na opinião do analista Marcelo Torto.
  • 2. Vale (VALE5)

    2 /7(Divulgação/ Agência Vale)

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    Desempenho em 2013: -19,15% As ações da Vale ( VALE5 ) seguem precificando um cenário de deterioração do mercado além da avaliação do analista Marcelo Torto. “Apesar do cenário ainda bastante desafiador para o business da Vale, a empresa vem conseguindo entregar uma boa performance operacional, com uma política efetiva de controle de custos e despesas, além de demonstrar uma boa estratégia comercial, em um ambiente volátil dos preços das commodities”, afirma o analista.Para ele, o preço médio spot (à vista) do minério de ferro deve oscilar em um patamar abaixo do histórico recente, mas ainda assim, bastante rentável para a mineradora. Além disso, o foco dos investidores deve se voltar ainda para o potencial de geração de caixa dos ativos não ferrosos da companhia (fertilizantes, níquel, cobre e carvão), que representam cerca de 50 bilhões de dólares, e estão extremamente subavaliados pelo mercado. Os projetos de metais básicos vêm apresentando queima de caixa consecutivamente, mas já dão sinais de atingir o ponto de equilíbrio em 2013, possibilitando uma forte geração de caixa no longo prazo, completa. “Acreditamos que a queda acumulada de aproximadamente 19% no ano representa um bom ponto de entrada, em nossa opinião, e seguimos com recomendação de compra para as ações da Vale”, completa o analista.
  • 3. Technos (TECN3)

    3 /7(CESAR CURY)

  • Desempenho em 2013: - 33,86%
    Os papéis da Technos ( TECN3 ) têm sido fortemente penalizados pela depreciação do real frente ao dólar, já que dois terços do custo dos produtos vendidos são denominados em moeda estrangeira. “Essa conjuntura, aliada a um cenário de consumo desaquecido e forte competição interna, tem pressionado as margens da companhia, já que esta não pode repassar a pressão cambial por precificação sem perder participação de mercado. O mercado está preocupado com a política agressiva de preços da empresa, porém, ressaltamos que o movimento causou distorções”, explica Marcelo Torto. A alta de pouco mais de 15% do dólar resultou em uma queda de 10 pontos percentuais da margem bruta da companhia no segundo trimestre. Mesmo em um cenário de pressões cambiais contínuas, a companhia deve apresentar recuperação na rentabilidade, já que a integração da Dumont se encerrou e a Technos conseguiu ganhar participação. “Agora bem consolidada, começará a repassar as pressões aos preços, provavelmente sem grande queda nos volumes. Ressaltamos que as ações TECN3 têm apresentado forte correlação com o movimento do dólar desde o início das pressões cambiais, retirando o foco dos excelentes fundamentos e demonstrativos operacionais da companhia”, afirma o analista. Torto lembra ainda que a companhia pretende entrar em breve no segmento de óculos e acessórios, expandindo seu mercado potencial, sendo que já conta com estrutura apropriada para isto, fato que considera ainda estar ignorado pelo mercado.
  • 4. Duratex (DTEX3)

    4 /7(Divulgação/EXAME.com)

    Desempenho em 2013: - 10%
    As ações da Duratex ( DTEX3 ) apresentaram queda de 13,48% no segundo trimestre do ano, após subirem mais de 9% no primeiro trimestre. Esse movimento pode ser explicado pelo movimento de alta de juros realizado pelo Banco Central, com o intuito de controlar as pressões inflacionárias. “As vendas da Duratex são extremamente sensíveis às condições de financiamento, que estão piorando com uma maior Selic. Entretanto, a empresa é sólida, apresentou bons resultados durante o ano, e ainda deverá ser beneficiada por um maior número de entregas das imobiliárias, cujo momento prevemos que durará até o segundo semestre de 2014”, projeta Marcelo Torto. A Duratex ainda está com projetos de aumento de capacidade de produção, o que pode apresentar um risco para um futuro com demanda menor, segundo o analista. “Acreditamos que a queda no segundo trimestre foi exagerada, uma vez que a empresa possui bons fundamentos e, apesar de ser possível que seu mercado esfrie a partir do no ano que vem, as perspectivas de longo prazo continuam positivas para os segmentos de negócio da Duratex”, completa.
  • 5. Metalúrgica Gerdau (GOAU4)

    5 /7(Divulgação)

    Desempenho em 2013: -4,41% Apesar das incertezas que ainda cercam o cenário externo e as perspectivas econômicas no Brasil, a Ativa Corretora considera que a Gerdau ( GOAU4 ) continua trabalhando para o aumento da eficiência operacional de seus negócios, além de operar com múltiplos abaixo dos seus níveis históricos e em relação aos seus pares internacionais. “Nossa preferência por Gerdau se deve principalmente à exposição em aços longos, que atualmente opera com margens bastante superiores às de aços planos, em função da menor competição nesse segmento, tanto no mercado doméstico, quanto em relação aos importados”, diz Marcelo Torto. Mesmo com a performance recente acima do Ibovespa, o analista acredita que os papéis da companhia ainda seguem descontados em relação a seu valor justo, e segue com recomendação de compra para Gerdau.
  • 6. BR Malls (BRML3)

    6 /7(Divulgação)

    Desempenho em 2013: 30,62%
    Com uma queda acumulada passando de 30% no ano, as ações da BR Malls ( BRML3 ) são negociadas a um preço excessivamente descontado, segundo a Ativa. “A empresa registrou aumento de sua dívida, que é distribuída entre dólar, inflação, CDI e pré-fixada, devido à depreciação do real e ao aumento da taxa Selic, no âmbito do ciclo de alta dos juros por parte do Banco Central para controlar as pressões inflacionárias. Entretanto, acreditamos que a companhia possui bons fundamentos, com um portfólio bastante diversificado, o que a proporciona maneiras de passar por este momento de depreciação do cenário econômico sem sofrer consequências tão severas”, justifica Marcelo Torto. Para ele, a desaceleração do varejo é preocupante, mas as empresas do setor apresentam certa resiliência, já que suas receitas não dependem muito da quantidade de vendas. A empresa apresentou um resultado fraco no primeiro trimestre do ano, mas já compensado por um bom resultado no trimestre seguinte, o que reforça a capacidade de a empresa apresentar bons resultados operacionais e gerar lucro.
  • 7. Divirta-se agora com as curiosas gírias do mercado financeiro

    7 /7(Getty Images)

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