Bolsa: Ibovespa sobe 8,27% em julho e encerra em 102.912,24 pontos (Jesada Wongsa/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 1 de agosto de 2020 às 07h46.
Última atualização em 1 de agosto de 2020 às 08h57.
Em mês marcado pela volta aos 100.000 pontos do principal índice de ações, o Ibovespa, as maiores altas e baixas da bolsa já refletem o início da temporada de balanços do segundo trimestre, que deve concentrar os maiores impactos do coronavírus Covid-19. Em julho, o Ibovespa avançou 8,27% para 102.912,24, encerrando em alta pelo quarto mês consecutivo. Desde o fim de março, o índice já avançou 40,96%, mas ainda acumula queda de 11% no ano.
Na ponta do índice, ficaram as ações da WEG, que subiram 33,08% em julho. No mês, os papéis tiveram o efeito positivo do forte balanço do segundo trimestre. No período, o lucro líquido da companhia cresceu 32% em relação ao mesmo período do ano passado para 514,375 milhões de reais. Somente no dia da divulgação do balanço, os papéis da companhia subiram 13,89%.
Na vice-liderança do índice ficaram as ações da Via Varejo, que terminaram o mês com alta de 27,50%. Parte da valorização se deve à fortuita postagem no Twitter da empresa, que revelou o aumento de vendas. No tweet, a empresa informou que teve aumento de receita de e 2.500% nas vendas on-line de games e câmeras e de 1.900% na venda de televisores. Naquele dia, as ações da companhia bateram recorde histórico e encerraram com alta de 7,35%.
Outra ação que figurou entre as maiores altas impulsionada pelos resultados operacionais foi a da Localiza. No segundo trimestre, a empresa de locação de veículos teve lucro líquido de 89,9 milhões de reais. Embora 52,7% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, o faturamento da companhia ficou muito acima do esperado por analistas, que projetaram prejuízo na expectativa de que o setor fosse altamente impactado pela pandemia. Com a surpresa positiva os papéis da Localiza subiram 10,85%, após a divulgação do balanço e encerram o mês com valoriza de 24,47%.
“O resultado foi mais forte do que o esperado. O setor de aluguel não foi tão impactado quando se imaginava e a empresa dá a entender que suas operações nessa divisão estão quase normalizadas”, disse Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.
Já as ações da resseguradora IRB Brasil novamente amargaram a pior colocação do índice. No mês, o mercado até chegou a se animar com a “faxina” promovida pela nova diretoria da empresa, mas a diluição dos papéis com o aumento de capital social de mais de 2 bilhões de reais também acabou influenciando a cotação das ações da empresa, que encerram o mês em queda de 21,6%.