São Paulo - O banco de investimentos JP Morgan divulgou suas ações preferidas no Brasil para 2013. Segundo a análise assinada por Pedro Martins Junior, 2013 vai ser sobre a recuperação da economia brasileira, que deve ocorrer em forma de V - as estimativas apontam crescimento de 4,1% no próximo ano. Ou seja, a expectativa é de que a bolsa acompanhe essa rápida evolução. Os investidores estão aflitos por uma alta desde o começo do ano e esperam resultados melhores dos principais indicadores econômicos: produção industrial e crédito. De forma geral, a expectativa do banco é que a economia comece a responder aos estímulos dados pelo governo federal, principalmente o setor industrial, maior beneficiário. Clique nas fotos e veja as 18 ações que o banco recomenda aos seus investidores para o ano de recuperação da economia brasileira.
Na opinião do JP Morgan, a AmBev(AMBV4) é o “padrão ouro” da indústria cervejeira. A parte mais visível de sua excelência é sua grande performance financeira, mas os analistas destacam que é a cultura empresarial que a faz a maior empresa de consumo da América Latina. Esta semana, a fabricante de bebidas tornou-se empresa aberta de maior valor de mercado da América Latina, avaliada em 120,1 bilhões de dólares (R$ 249,9 bilhões), conforme a consultoria Economática. Variação no ano: +32,51% Recomendação: Overweight (compra) Preço - alvo: 46 dólares
A Anhanguera(AEDU3) é a ação preferida do banco quando se trata de exposição ao segmento de ensino superior no Brasil já que usa um modelo de baixos custos com eficiência comprovada e que oferece risco de crescimento menor já que muito de seu crescimento virá de seus campi atuais. Preço – alvo: 45 reais Recomendação: acima da média do mercado Variação no ano: 32,51%
No setor de shopping centers a preferida é a BR Malls(BRML3) graças a sua execução superior, maiores margens e menores riscos de execução. Os analistas destacam ainda que a empresa é a mais líquida, negociando cerca de 3 milhões de dólares diariamente, com as maiores margens do setor e o melhor histórico em aquisições com mais de 4 bilhões de reais gastos desde seu IPO. Preço alvo: 33 reais Recomendação: acima da média do mercado Variação no ano: +50,83%
O JP Morgan vê a CCR(CCRO3) como o melhor caminho para ser expor a investimentos de infraestrutura no Brasil. Na opinião dos analistas, a empresa apresenta uma confortável posição de caixa, um histórico comprovado de aquisições e já declarou sua vontade de investir em novos projetos. Além disso, a empresa deve se beneficiar de uma nova rodada de concessões no país. Preço-alvo: 20 reais Recomendação: acima da média do mercado Variação no ano: +57,42%
No setor de construção, o banco recomenda as ações da Cyrela (CYRE3) devido a sua visibilidade de ganhos e execução superior. Além disso, a Cyrela é a maior construtora de imóveis residenciais do Brasil, com 6,3 bilhões de dólares em valor de mercado. Preço-alvo: 18 reais Recomendação: neutra Variação no ano:
A Duratex (DTEX3) é a líder no mercado brasileiro de painéis de madeira, acessórios de metal e louças sanitárias das marcas Deca e Hydra. O banco destaca que os produtos da Duratex são entradas para o setor de habitação, que é extremamente dependente da disponibilidade de crédito para serem vendidos. Eles apostam na empresa visto que o baixo nível dos juros e desemprego e o crescimento esperado para o país no ano que vem são importantes “drivers” para a demanda do setor. Preço alvo: 16 reais Recomendação: acima da média Variação no ano:
Respondendo ao aumento dos preços de celulose no segundo e no terceiro trimestres, a Fibria (FIBR3) superou o Ibovespa em 20% nos últimos três meses. O banco destaca que a abordagem disciplinada da empresa para o crescimento de sua capacidade e foco na desalavancagem são aspectos que a fazem ser uma boa opção. Preço-alvo: 19 reais Recomendação: neutral Variação no ano: 49,89%
No setor de saúde a ação preferida é a dos laboratórios Fleury(FLRY3), que está sendo negociada om 32% de desconto em relação à média do setor. Segundo o banco, a aceleração no crescimento orgânico das vendas deve ser o maior fator de valorização da ação durante 2013. Preço-alvo: 31 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: 10,69%
A Iochpe-Maxion(MYPK3), que já havia sido escolhida como melhor ação do setor de bens de capital anteriormente, leva vantagem já que sua exposição à caminhões a põe em uma boa posição para uma recuperação em 2013. Segundo o banco, esse desempenho deve ser ainda mais reforçado pela exposição a veículos leves, que se recuperaram fortemente graças a redução do IPI, e que deve continuar forte em 2013, com a melhora no consumo Preço-alvo: 31 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: 5,27%
Líder no segmento de ensino à distância, a Kroton (KROT11) também se destaca por suas operações focadas nos seus campi. Segundo o banco, a empresa deve continuar se beneficiando de empréstimos subsidiados para estudantes de baixa renda (FIES) e da manutenção de elevados níveis de emprego e da massa salarial. Preço – alvo: 45 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: 121,70%
A Localiza(RENT3), com sua alta exposição ao crescimento do PIB é uma das melhores maneiras de se posicionar para uma recuperação econômica entre as empresas de transportes. As ações da locadora e revendedora de automóveis seminovos subiram 38,7% nesse ano graças a queda da taxa de juros. Os papéis são negociados atualmente 9,9% acima do preço-alvo estipulado pelo JP Morgan, mas, segundo eles, qualquer melhora na economia nacional pode impulsionar uma elevação ainda maior. Preço alvo: 39 reais Recomendação: neutral Variação no ano: 43,56%
No varejo, a Renner (LREN3) é uma das preferidas já que tem uma política completamente voltada a dar retorno aos acionistas. Os bons resultados apresentados no último trimestre mostram que os investimentos na abertura de novas lojas e em novas marcas já começam a dar retorno. Preço-alvo: 87 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: +62,57%
A Natura (NATU3) é vista pelo JP Morgan como resiliente e com forte fluxo de novos produtos. A varejista esá sendo negociada com um ágio de 4%, o que, na opinião dos analistas é injusto já que tem retorno e fluxo de caixa maiores. Preço-alvo: 62 reais Recomendação: overweight Variação no ano: +62,25%
A Porto Seguro (PSSA3) é a preferida no setor financeiro e se beneficia de um ciclo positivo de preços e de sua pouca exposição à regulação. Segundo os analistas, a seguradora deve se beneficiar de um cenário de melhoria na competitividade no setor de seguro de carros. Os papéis são negociados com desconto de 12% em relação às seguradoras globais e de 40% em relação a seus pares do mercado emergente. Preço-alvo: 25 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: +10,12%
São Martinho (SMTO3) é uma das maiores produtoras de açúcar e etanol no Brasil. Os analistas do JPMorgan acreditam que a ação está sendo negociada com um prêmio histórico, mas ainda há espaço para maior valorização. Eles acreditam que o plano de expansão da empresa e uma recuperação na indústria de açúcar e etanol podem permitir que a empresa continue a ser negociada a níveis elevados. Preço-alvo: 31 reais Recomendação: acima da méida Variação no ano: +46,92%
A TIM (TIMP3) foi a escolhida no setor de telecomunicações por ser uma empresa voltada a apenas para o setor dos telefones móveis, sem exposição alguma ao setor de telefonia fixa, em deterioração no país. Os analistas ressaltam, no entanto, que os lucros da empresa podem ser decepcionantes se a competitividade aumentar em 2013, forçando uma queda nos preços. Preço-alvo: 11 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: -15,58%
Mesmo com o setor de energia elétrica abalado por conta da MP579, que altera as regras para renovação das concessões, a Tractebel (TBLE3) tem a preferência dos analistas por não se enquadrar nas renovações. Segundo os analistas, a empresa tem uma das perspectivas de fluxo de caixa mais estáveis no setor de serviços públicos do Brasil e um bom histórico de pagamento de dividendos aos acionistas. Preço-alvo: 37 reais Recomendação: acima da média Variação no ano: 22,12%
Gigante farmacêutica dinamarquesa relatou um desempenho aquém do esperado no ensaio clínico de fase três do CagriSema, sua nova aposta para tratamento de obesidade