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Arezzo: tem solução?

Nesta quarta-feira a fabricante de calçados Arezzo divulgará seus resultados do primeiro trimestre. Como a venda de roupas e calçados caiu 12% no país apenas nos dois primeiros meses do ano, ninguém espera bons números da varejista. Analistas estimam um lucro de 16,8 milhões de reais, uma queda de 6,8% na comparação anual. Dentre as […]

LOJA DA AREZZO, EM NOVA YORK: companhia deve divulgar bons números nesta quarta-feira / Brendan Mcdermid/ Reuters
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 20h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h15.

Nesta quarta-feira a fabricante de calçados Arezzo divulgará seus resultados do primeiro trimestre. Como a venda de roupas e calçados caiu 12% no país apenas nos dois primeiros meses do ano, ninguém espera bons números da varejista.

Analistas estimam um lucro de 16,8 milhões de reais, uma queda de 6,8% na comparação anual. Dentre as empresas de calçado listadas na bolsa, a Arezzo é considerada a mais resiliente. Isso porque, com marcas como Alexandre Birmann, Schutz e Anacapri, seu público alvo são as classes A e B, que sofrem menos com a crise. Enquanto, em 2015, o volume de calçados vendidos pela Arezzo encolheu 1,9%, na Alpargatas as vendas caíram 6,2% e na Grendene 12%.

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A Arezzo também leva vantagem porque tem diversificado negócios, o número de bolsas vendidas subiu 8,4% no último ano, representando 20% de todos os produtos vendidos. Em 2015, os resultados da Arezzo – uma alta de 6% no lucro para 119,6 milhões de reais – foram ajudados também pelo comércio eletrônico e pelas vendas no mercado externo. As vendas no e-commerce subiram 57% e no comércio internacional tiveram alta de 67% em 2015.

Em teleconferência no início do ano a empresa ressaltou que essas duas estratégias são a principal aposta para crescer em 2016. “Existem oportunidades de expansão acelerada na internet e no mercado externo, por conta do câmbio”, afirmou Thiago Borges, diretor financeiro e de relações com investidores da Arezzo em teleconferência.

Para analistas, a missão não é tão fácil assim. “A economia no exterior também não é das melhores e o comércio eletrônico já começa a apresentar quedas no país. Vai ser difícil os resultados finais terem um grande salto por causa desses seguimentos”, diz Carlos Muller, analista-chefe da Gradual Investimentos.

Em 2015, as vendas internacionais e no comércio eletrônico foram responsáveis por 14% das receitas da companhia. A maior parte do faturamento, continua nas vendas das lojas e nessas, uma melhora não deve vir tão cedo.

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