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Após 3 altas, Ibovespa cai 0,1% à espera de Previdência

O presidente Michel Temer reúne esta noite deputados da base aliada para apresentar uma versão mais enxuta da proposta de reforma da Previdência

B3: Temos a perspectiva de uma reforma desidratada, com dois ou três pontos que fazem sentido", disse economista (Germano Lüders/Exame)

B3: Temos a perspectiva de uma reforma desidratada, com dois ou três pontos que fazem sentido", disse economista (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 19h41.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta quarta-feira, com investidores evitando grandes apostas à espera de novidades sobre o avanço da reforma da Previdência e com as fortes altas nos três pregões anteriores abrindo espaço para algum ajuste.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,1 por cento, a 74.518 pontos. Na máxima da sessão o índice subiu 0,57 por cento, enquanto perdeu 0,47 por cento na mínima, após acumular alta de 5,3 por cento nos três pregões anteriores. O volume financeiro desta sessão somou 9,59 bilhões de reais.

O presidente Michel Temer reúne esta noite deputados da base aliada para apresentar uma versão mais enxuta da proposta de reforma da Previdência, com o objetivo de angariar mais apoio para a medida, enquanto trabalha ainda em uma mini reforma ministerial.

"Temos a perspectiva de uma reforma desidratada, com dois ou três pontos que fazem sentido... Mas a situação fiscal do país não será resolvida com esses dois ou três pontos", disse o economista da Órama Investimentos, Alexandre Espirito Santo, acrescentando que, portanto, não vê espaço para fortes ganhos do Ibovespa ainda que o texto do governo seja aprovado. Para o economista, o patamar entre 73 mil e 75 mil pontos é adequado para uma versão mais enxuta da reforma da Previdência.

No exterior, a ata da mais recente reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, mostrou que membros da autoridade monetária esperam que a taxa de juros tenha que ser elevada em breve, corroborando a expectativa do mercado por um aumento em dezembro. No entanto, o teor não alterou a visão de que o ritmo de elevação deverá seguir gradual.

Destaques

- SUZANO PAPEL E CELULOSE ON teve queda de 3,88 por cento e FIBRIA ON perdeu 3,44 por cento, os piores desempenhos do Ibovespa, com a queda do dólar frente ao real nesta sessão abrindo espaço para o movimento de ajuste após as altas recentes dos papéis. As ações da Suzano acumularam alta de 4,6 por cento nos três pregões anteriores.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,97 por cento e BRADESCO PN perdeu 1,13 por cento, tirando força do índice devido ao peso dessas ações em sua composição.

- SABESP ON avançou 4,79 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, após o HSBC elevar a recomendação da ação para "compra" ante "manutenção".

- VALE ON subiu 2,03 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, que avançaram nesta sessão.

- CSN ON teve alta de 3,8 por cento e GERDAU PN subiu 1,52 por cento, também na esteira dos ganhos dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China. Na contramão do setor, USIMINAS PNA teve um movimento mais contido, fechando com leve alta de 0,11 por cento.

- PETROBRAS PN teve valorização de 1,32 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,86 por cento, em dia de ganhos para os preços do petróleo no mercado internacional e também após a definição da faixa de preço da oferta de ações da BR Distribuidora, entre 15 reais e 19 reais, o que pode levar a Petrobras a captar até 7,5 bilhões de reais com a oferta.

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