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Aplicação do varejo cresce 8,1% no 1º semestre, diz Anbima

Investimentos dos clientes varejo e varejo alta renda alcançaram a marca de R$ 574,9 bilhões no primeiro semestre deste ano


	Varejo: investimentos cresceram 8,1% no primeiro semestre se comparado a dezembro de 2013
 (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Varejo: investimentos cresceram 8,1% no primeiro semestre se comparado a dezembro de 2013 (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 20h41.

São Paulo - Os investimentos dos clientes varejo e varejo alta renda alcançaram a marca de R$ 574,9 bilhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 8,1% se comparado a dezembro de 2013, informa o relatório de Distribuição de Produtos no Varejo divulgado nesta quinta-feira, 11, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Somente no varejo, que concentra R$ 207,5 bilhões do total, o crescimento chegou a 9,1%. O varejo alta renda, por sua vez, cresceu 7,6% e aloca agora R$ 367,4 bilhões.

O número de clientes varejo e varejo alta renda chegou a 7,5 milhões em junho de 2014, um crescimento de 4,4% se comparado a dezembro de 2013.

De acordo com a Anbima, os produtos de tesouraria - CDB (certificado de depósito bancário), operações compromissadas, LCI (letras de crédito imobiliário), LCA (letras de crédito do agronegócio) e letras financeiras - representavam 56,5% de todo o montante investido no segmento.

O volume aplicado nesses papéis cresceu 12% no semestre e chegou a R$ 324,8 bilhões. Já os fundos de investimento perderam espaço nas carteiras e cresceram apenas 3,3% no mesmo período, atingindo o volume de R$ 250,1 bilhões.

"Tendo em vista a alta volatilidade apresentada nos produtos de renda variável, os investidores têm procurado por produtos mais conservadores", observa Marcos Daré, presidente do Comitê de Distribuição de Produtos de Varejo, em comunicado distribuído pela Anbima.

Segundo ele, "o objetivo é preservar o principal e os ganhos financeiros, aguardando um cenário internacional e nacional melhor definido para investir em outros produtos".

Se considerados somente os recursos investidos pelos clientes varejo e varejo alta renda em títulos de valores mobiliários, a participação dos isentos de Imposto de Renda, as LCIs e LCAs, eram responsáveis por 43% dos investimentos, ultrapassando pela primeira vez a aplicação em CDBs, que, em junho, chegou a 40%.

Em dezembro último, as LCIs e LCA respondiam por 37% da carteira e os CDBs, por 47%.

Na indústria de fundos, o investidor permanece em busca de opções mais conservadoras.

Se em 2013 os fundos da categoria referenciado DI tinham um volume de R$ 92,9 bilhões no segmento, no primeiro semestre de 2014 houve um aumento de 14,3%, chegando a R$ 106,1 bilhões.

A alta levou a participação destes fundos a subir de 38,4% no ano passado para 42,4% nos primeiros seis meses de 2014.

Nas demais categorias, apenas os fundos de curto prazo representaram alguma alta, o que reflete a preferência dos clientes por aplicações mais conservadoras.

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