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Americanas divulga íntegra de decisão que suspende possibilidade de bloqueio de bens

Empresa teria R$ 40 bilhões em divida com possibilidade de antecipação de vencimento

Loja da Americanas (Americanas S.A./Divulgação)

Loja da Americanas (Americanas S.A./Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2023 às 15h17.

Última atualização em 14 de janeiro de 2023 às 15h20.

A Americanas divulgou na noite de sexta-feira, 13, a decisão da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que suspende "qualquer arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição
sobre os bens, derivados de demandas judiciais ou extrajudiciais, sem a prévia análise deste Juízo Recuperacional".

De acordo com a empresa, a descoberta de "inconsistências contábeis" avaliadas em R$ 20 bilhões poderia levar à antecipação do vencimento de dívidas de R$ 40 bilhões.

"Praticamente todos os contratos financeiros firmados pelo Grupo Empresarial possuem cláusulas de vencimento antecipado, o que justifica o risco de insolvência das sociedades", diz o documento publicado na CVM.

Acesse o documento na íntegra.

Nesta sexta-feira, 13, a companhia informou que as agências de classificação de risco Fitch Ratings e S&P Global Ratings rebaixaram sua nota de crédito. A Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da Americanas na escala global de 'BB' para ‘CC’ e de ‘AA+(bra)’ na escala nacional para ‘CC(bra)’. O rebaixamento se reflete nos ratings dos bonds e debêntures da com

A detecção do rombo no balanço da Americanas foi anunciado na noite de quarta-feira, 11, provocando, no dia seguinte, uma queda de 77% no preço das ações da companhia. O CEO Sérgio Rial, que havia assumido o cargo no início do ano, deixou o comando da Americanas após descobrir as falhas nos balanços. O CFO André Covre, que havia chegado com Rial, também deixou a empresa.

A Americanas ainda sofre três processos administrativos na CVM, sendo que um deles está sendo avaliado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários, que analisa casos relacionados à informação privilegiada.

Segundo documentos da Americanas arquivados na CVM, diretores da companhia venderam 40% das ações que detinham da empresa ao longo do segundo semestre do ano passado. As vendas se aceleraram após o anúncio de Rial assumiria o cargo de CEO em 2023 em se tornar público. O período coincidiu com o aumento das apostas de queda das ações, que subiram 600% antes do rombo ser descoberto.

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