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Amazon perde US$ 180 bi em valor de mercado após 1º prejuízo desde 2015

Resultado foi afetado por investimento em fabricante de carros elétricos; perda foi de US$ 3,8 bilhões no período

Amazon: o prejuízo líquido ficou em US$ 3,8 bilhões (Chris Ratcliffe/Bloomberg via/Getty Images)

Amazon: o prejuízo líquido ficou em US$ 3,8 bilhões (Chris Ratcliffe/Bloomberg via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 29 de abril de 2022 às 11h47.

Última atualização em 29 de abril de 2022 às 13h03.

As ações da Amazon desabam 12,5% nesta sexta-feira, 28, com investidores reagindo ao balanço do primeiro trimestre da companhia, divulgado na última noite. Com a desvalorização, a empresa perde cerca de US$ 180 bilhões em valor de mercado, que passa a ser de US$ 1,27 trilhão.

A empresa de Jeff Bezos teve prejuízo líquido de US$ 3,8 bilhões no período, ficando em US$ 7,56 por ação. A Amazon não registrava um prejuízo desde 2015. A expectativa de analistas era de lucro de US$ 8,37 por ação.

"A diferença se deve à marcação a mercado do investimento na Rivian, fabricante de veículos elétricos, que valia US$ 90 bilhões no final de 2021 e hoje tem market cap de US$ 29 bilhões. A Amazon sofreu impacto de US$ 7,6 bilhões no resultado, ou quase US$ 15 por ação. Excluindo esse efeito, o lucro ajustado por ação foi de US$ 7,38, ainda abaixo do esperado", afirmou em nota, Bernardo Carneiro, analista de BDRs do BTG Pactual.

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O resultado também contrasta com o registrado no primeiro trimestre de 2021, quando a companhia registrou lucro líquido de US$ 8,1 bilhões.

A pandemia e a guerra na Ucrânia, segundo Andy Jassy, CEO da Amazon, causaram crescimento e desafios "incomuns" para a empresa.

A receita da companhia ficou em US$ 116,44 bilhões, 7% superior ao registrado no mesmo período de 2021. Embora as vendas de produtos tenha caído em US$ 1 bilhão para US$ 56,5 bilhões, a receita com serviços mais do que compensou, passando de US$ 51 bilhões para US$ 60 bilhões.

A Amazon ainda informou que espera obter entre US$ 116 bilhões e US$ 121 bilhões de receita no segundo trimestre. O guidance, segundo Carneiro, foi "desanimador".

"O crescimento implícito neste guidance ficará entre 3% e 7% sobre o 2T21, mostrando novamente uma forte desaceleração nas vendas", disse.

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