Mercados

Agenda do dia tem decisão do Copom e vendas do varejo

O Comitê de Política Monetária deve reduzir a taxa básica de juros pela oitava reunião seguida, para 8% ao ano

Presidente do BC, Alexandre Tombini, participa do segundo dia de reunião do Copom (Álvaro Motta/Veja)

Presidente do BC, Alexandre Tombini, participa do segundo dia de reunião do Copom (Álvaro Motta/Veja)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 08h22.

São Paulo - A maioria das bolsas europeias operam em queda com receio sobre o efeito da desaceleração econômica global nos lucros das empresas. Nos EUA, futuros indicam alta para a abertura antes da divulgação da ata da última reunião do Fed.

No mercado local, o BC pode promover hoje o 8º corte seguido da taxa Selic depois que o crédito mais barato e medidas de estímulo do governo não conseguiram impulsionar a economia. O IPC da Fipe mostrou que a inflação de São Paulo desacelerou para 0,19% na 1ª quadrissemana de julho, ante 0,23% em junho.

Hoje a coluna de renda fixa diz que a intervenção no Banco Cruzeiro do Sul SA após acusações de fraudes cria agora uma oportunidade para operadores do mercado de dívida. Eles podem dobrar o valor de suas aplicações na dívida do banco com o plano do governo de encontrar um comprador.

Internacional: Futuros dos EUA sobem antes de ata do Fed

Índices futuros apontam para abertura em alta em Nova York enquanto mercado aguarda ata da última reunião do Fed.

“Pode haver alguma sugestão de que o Fed está pronto para novos estímulos já na reunião de agosto”, disse Ankita Dudani, estrategista de câmbio do Royal Bank of Scotland Group Plc, em Londres. “Isso terá impacto negativo no dólar, simplesmente pelo fato de significar mais dólares em circulação.”

Estoques de atacado dos EUA provavelmente cresceram 0,3% em maio, menos que no mês anterior, segundo pesquisa da Bloomberg • Ainda nos EUA, governo deve divulgar dado que mostra redução no déficit da balança comercial em maio para US$ 48,6 bi.

Maioria das bolsas europeias opera em queda com receios de que desaceleração de crescimento global prejudique lucros das empresas.

Primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, anunciou hoje aumento de impostos e corte de gastos no total de 65 bilhões de euros nos próximos 2 anos.

Na Alemanha, uma alta corte disse que decisão em suspender ou não a legislação que trata da ajuda permanente ao bloco do euro e de tratado fiscal pode demorar meses e não semanas devido à sua complexidade.

Na Ásia, as ações tiveram alta pelo 1º dia em 5 depois que o pedido de investimentos do premiê chinês Wen Jiabao alavancou o preço das ações de empresas de ferrovias telefonia. Ganhos foram limitados pela preocupação que a desaceleração global afete lucros corporativos.

Euro sobe em relação ao dólar.

Juros dos títulos americanos avançam com os EUA se preparando para vender US$ 21 bilhões de títulos de 10 anos hoje, o 2º de 3 leilões essa semana.

Rendimentos dos títulos do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha e Grécia caem, enquanto os de Portugal sobem.

Petróleo sobe depois de atingir nível mais baixo em mais de uma semana.


Agenda do dia: Decisão do Copom, vendas do varejo e IPC da Fipe

O Copom deve reduzir a taxa básica de juros pela 8ª reunião seguida, para 8% ao ano, segundo 54 dos 57 economistas consultados pela Bloomberg. Decisão sai à noite.

Para acompanhar

Direcional Engenharia promove reunião com analistas e investidores, em Belo Horizonte, às 8:30.

BNP Paribas divulga seu relatório econômico trimestral, às 11:00.

O BC informa o fluxo cambial da última semana, às 12:30.

Senadores votam hoje sobre cassação de Demóstenes Torres.

Governo

Presidente Dilma Rousseff reúne-se com ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, às 15:00 e participa de evento público às 17:00 • Ministro da Fazenda, Guido Mantega, encontra-se com a dirigente do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, às 12:00.

Presidente do BC, Alexandre Tombini, participa do segundo dia de reunião do Copom.

Empresas em destaque: Petrobras, Vale, Viver, Embraer, OSX

Petrobras (PETR4 BZ) assinou acordo com RN para produção de biodiesel. Investimento de R$ 5,1 mi e capacidade para produzir 20 mi litros de biodiesel no 1º sem/13.

Vale (VALE5 BZ) vendeu suas unidades de ferro ligas de manganês na Europa por US$ 160 milhões para subsidiárias da Glencore International.

Viver (VIVR3 BZ) teve perspectiva mudada de estável para negativa por Moody’s. Rating corporativo mantido em B1 em escala global.

Embraer (EMBR3 BS) disse que sua carteira de pedidos firmes somou US$ 12,9 bi em 30 junho. A empresa entregou 35 jatos para a aviação comercial e 20 aeronaves para a aviação executiva 2º trimestre, de acordo com um comunicado ao mercado.

Raízen (38263Z BZ) recebeu nota Baa3/Aaa.br com perspectiva estável da Moody’s para US$ 750 milhões sem garantias em ativos reais que vencem em 2014. Dívidas para 2017 sem garantias em ativos reais, com participação da Cosan, foram elevadas de Ba2 para Baa3.

OSX (OSXB3), estaleiro controlado pelo bilionário Eike Batista, deve se beneficiar da incapacidade de um concorrente de entregar embarcações usadas na produção de petróleo dentro do prazo. E com isso, devem ganhar também suas ações.


Fechamento de ontem: Bolsa cai com China e DI recua com Focus

O Ibovespa caiu desde a abertura com os produtores de commodities em baixa após a China divulgar desaceleração das importações. Ibovespa: -3,05%, para 53.705,82 pontos

Juros: DIs mais negociados atingiram novos pisos históricos, após pesquisa Focus mostrar na véspera corte nas previsões de crescimento deste ano pela 9ª semana seguida, de 2,05% para 2,01%. DI Janeiro 2013: -5 pontos, para 7,50%. DI Janeiro 2014: -8 pontos, para 7,74%

Câmbio: Dólar fechou perto da estabilidade. Dólar: +0,06%, para R$ 2,0337

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