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Ações do ABC Brasil ainda serão penalizadas por qualidade da carteira de crédito

Analistas do Bradesco reduziram preço-alvo para os papéis, mas mantiveram a recomendação de compra

Perspectiva é de valorização mais baixa para ABC (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Perspectiva é de valorização mais baixa para ABC (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 16h51.

São Paulo – Os analistas do Bradesco reduziram a expectativa para as ações do ABC Brasil (ABCB4), mas não por conta da intervenção ao Banco Cruzeiro do Sul (CZRS4). Na opinião dos analistas Carlos Firetti, Bruno Chemmer e Gustavo Lôbo, as estimativas precisaram ser reduzidas por uma deterioração da qualidade da carteira de crédito e perspectivas de crescimento mais conservadoras para o banco.

Assim, o preço-alvo para as ações passou de 16 reais para 13,60 reais, um potencial de valorização de 35,32%. “Mantemos nossa classificação de outperform [desempenho acima da media do mercado] pela nossa visão de um preço descontado para o banco”, afirmaram os analistas em relatório para clientes.

Os analistas destacam que a gestão do banco afirmou que o segundo trimestre desse ano é desafiador, mas há uma expectativa de condições mais favoráveis para os bancos no segundo semestre, acompanhando uma recuperação na atividade econômica.

A visão conservadora acontece porque o banco apresentou uma desaceleração do crescimento em 2011 e no primeiro trimestre desse ano, período em que ocorreram também sinais de deterioração na qualidade de crédito.

O mercado se preocupa também com os reflexos do caso Cruzeiro do Sul em outros bancos de menor porte. Os analistas do Bradesco acreditam que a intervenção naquela instituição não deve ter impacto nos custos de captação do ABC, mas que o mercado internacional de bônus deve continuar fechado por um tempo para os bancos menores no Brasil.

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