Invest

Ações de shoppings avançam quase 6% após retomada da atividade em SP

Papéis do setor são impulsionados ainda por reaberturas em outros locais do Brasil; vacância e vacinação continuam no radar

São Paulo, o governo do estado permitiu, com restrições, a reabertura das operações de shoppings a partir de domingo (Germano Lüders/Exame)

São Paulo, o governo do estado permitiu, com restrições, a reabertura das operações de shoppings a partir de domingo (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 19 de abril de 2021 às 12h44.

Última atualização em 19 de abril de 2021 às 12h45.

As ações das operadoras de shopping center avançam no pregão desta segunda-feira, 19, após retomaram as atividades no estado de São Paulo ontem, 18. Na última semana, houve reabertura de shoppings também em: Rio de Janeiro, Fortaleza, Cuiabá e Uberlândia, o que teve efeitos positivos sobre todas as companhias do setor de shoppings.

Aliansce Sonae (ALSO3), brMalls (BRML3), Cyrela Commercial Properties (CCPR3), Iguatemi (IGTA3), JHSF (JHSF3), Multiplan (MULT3) informaram as reaberturas em fato relevante ao longo dos últimos dias.

CCPR3 lidera as altas, subindo em torno de 5,71% às 12h30. ALSO3 avança 4%, seguida por MULT3, em alta de 2,89%. BRML3 e IGTA3 registram altas de 2,76% cada, enquanto JHSF3 sobe 1,14%.

Quer saber quais são as melhores oportunidades da bolsa? Assine a carteira de ações e dividendos da EXAME Invest Pro

Com as mudanças, Iguatemi e JHSF puderam reabrir 100% de seu portfólio – antes da retomada, a porcentagem em operação era de 21% e 44%, respectivamente. O mesmo vale para as concorrentes: brMalls conta agora com 92% de sua área bruta locável (ABL) própria em operação, frente a 41% no período anterior à reabertura, enquanto a Cyrela Commercial Properties (CCP) com 89%, versus 10% anteriores.

A Aliansce Sonae passou a ter 96% de seu portfólio em operação, contra apenas 43% antes das mudanças. Por sua vez, a Multiplan conta com 87% da ABL aberta, contra 33% anteriormente.

Em relatório, analistas do banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), reforçam que mantém uma visão positiva para o setor, uma vez que os shoppings têm se mostrado extremamente resilientes, com valuations atraentes apesar dos desafios. Entre as principais preocupações estão resultados fracos no primeiro trimestre de 2021 e temores de maior vacância nas lojas. Por outro lado, o avanço da vacinação, ainda que lento, melhora as perspectivas para o setor.  

Em São Paulo, o governo do estado permitiu a reabertura das operações de varejo a partir de domingo, começando o período de transição da fase vermelha para a laranja. Os serviços, no entanto, ainda contam com restrições. 

Para os shoppings, lojas vinculadas a serviços – como restaurantes, academias, cinemas, barbearias – não podem reabrir, e todas as outras operações podem funcionar apenas entre 11h00 e 19h00. Além disso, a capacidade máxima de clientes é de 25%. No próximo sábado, 24, as lojas de serviços poderão reabrir, o que deve impulsionar a retomada do setor.

 

 

Acompanhe tudo sobre:AçõesbrMallsCyrelaIguatemiJHSFShopping centers

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio