Acionistas da Oi aprovam reestruturação
Essa é a quarta tentativa de simplificar a estrutura da empresa, que terá apenas duas classes de ações operando na bolsa
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 16h51.
São Paulo – Os acionistas da Oi aprovaram uma nova organização para as empresas do grupo. Essa é a quarta tentativa de reestruturação que, por pouco, também não foi barrada por minoritários. Antes, o grupo tinha três companhias abertas e sete diferentes classes e espécies de ações. Com a unificação de bases acionárias, haverá apenas uma empresa aberta, a Oi SA, com duas espécies diferentes de ações negociadas nos mercados do Brasil e do exterior.
Em teleconferência com jornalistas para explicar a operação, o presidente da empresa, Francisco Valim, comemorou a aprovação. Disse que o negócio permitirá uma política de dividendos e ajudará economizar custos para manter as empresas abertas. A estimativa é que o negócio gere 100 milhões de reais por ano em sinergias operacionais. “A grande maioria dos acionistas da empresa será beneficiada”, disse.
Apesar da confiança na operação, os executivos sabem que muita gente vai continuar não gostando da ideia. Os acionistas minoritários que não estiveram na assembleia para aprovar a operação e não quiserem aderir terão entre 29 de fevereiro e 29 de março para exercer o direito de retirada. “Estamos trabalhando com o pior cenário, de que 90% dos acionistas exerçam o direito de recesso”, afirmou o diretor de finanças e relações com investidores da Oi, Alex Zornig.
Apesar da dificuldade de seguir com os planos anteriores, o presidente da companhia garantiu que não houve briga com minoritários. “É um grupo pequeno [de acionistas minoritários] fazendo um barulho desproporcional contra um processo que beneficia 100% dos acionistas”, disse.
Na noite da última quinta-feira, 23 de fevereiro, a Comissão de Valor Mobiliários (CVM) recusou o pedido de minoritários do grupo contra a reestruturação da empresa. O sinal verde para que a companhia pudesse seguir com o plano impulsionou os papéis, que terminaram a semana passada como a maior alta do Ibovespa.
Entenda a nova estrutura
Para reduzir o número de empresas e ações do grupo, a Coari vai incorporar parte das ações da Telemar e, em seguida, será incorporada pela Oi. Além disso, a Oi também vai incorporar a Tele Norte Leste. Confira a nova estrutura:
(Beatriz Blanco / Exame.com)
Para concretizar a reestruturação, serão emitidas 395.585.453 novas ações ordinárias e 798.480.405 novas ações preferenciais da Oi. Assim, o capital da empresa será de 6,817 bilhões de reais, divido em 599.008.629 ações ordinárias e 1.198.077.775 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.
No pregão, a mudança não será imediata e os papéis atuais continuam negociando por pelo menos mais um mês. A estimativa da empresa é de que os papéis OIBR3 e OIBR4 estejam listados no mercado brasileiro e americano a partir do dia 19 de abril.
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São Paulo – Os acionistas da Oi aprovaram uma nova organização para as empresas do grupo. Essa é a quarta tentativa de reestruturação que, por pouco, também não foi barrada por minoritários. Antes, o grupo tinha três companhias abertas e sete diferentes classes e espécies de ações. Com a unificação de bases acionárias, haverá apenas uma empresa aberta, a Oi SA, com duas espécies diferentes de ações negociadas nos mercados do Brasil e do exterior.
Em teleconferência com jornalistas para explicar a operação, o presidente da empresa, Francisco Valim, comemorou a aprovação. Disse que o negócio permitirá uma política de dividendos e ajudará economizar custos para manter as empresas abertas. A estimativa é que o negócio gere 100 milhões de reais por ano em sinergias operacionais. “A grande maioria dos acionistas da empresa será beneficiada”, disse.
Apesar da confiança na operação, os executivos sabem que muita gente vai continuar não gostando da ideia. Os acionistas minoritários que não estiveram na assembleia para aprovar a operação e não quiserem aderir terão entre 29 de fevereiro e 29 de março para exercer o direito de retirada. “Estamos trabalhando com o pior cenário, de que 90% dos acionistas exerçam o direito de recesso”, afirmou o diretor de finanças e relações com investidores da Oi, Alex Zornig.
Apesar da dificuldade de seguir com os planos anteriores, o presidente da companhia garantiu que não houve briga com minoritários. “É um grupo pequeno [de acionistas minoritários] fazendo um barulho desproporcional contra um processo que beneficia 100% dos acionistas”, disse.
Na noite da última quinta-feira, 23 de fevereiro, a Comissão de Valor Mobiliários (CVM) recusou o pedido de minoritários do grupo contra a reestruturação da empresa. O sinal verde para que a companhia pudesse seguir com o plano impulsionou os papéis, que terminaram a semana passada como a maior alta do Ibovespa.
Entenda a nova estrutura
Para reduzir o número de empresas e ações do grupo, a Coari vai incorporar parte das ações da Telemar e, em seguida, será incorporada pela Oi. Além disso, a Oi também vai incorporar a Tele Norte Leste. Confira a nova estrutura:
(Beatriz Blanco / Exame.com)
Para concretizar a reestruturação, serão emitidas 395.585.453 novas ações ordinárias e 798.480.405 novas ações preferenciais da Oi. Assim, o capital da empresa será de 6,817 bilhões de reais, divido em 599.008.629 ações ordinárias e 1.198.077.775 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.
No pregão, a mudança não será imediata e os papéis atuais continuam negociando por pelo menos mais um mês. A estimativa da empresa é de que os papéis OIBR3 e OIBR4 estejam listados no mercado brasileiro e americano a partir do dia 19 de abril.
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