Sabesp: ações da companhia têm dia de alta na bolsa (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket /Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 9 de julho de 2024 às 15h19.
Última atualização em 10 de julho de 2024 às 08h14.
As ações da Sabesp (SBSP3) alcançaram uma nova máxima nesta terça-feira, 9. Os papéis subiram a até R$ 84,87 – maior cotação histórica para o papel ao longo de uma negociação de pregão. O papel fechou cotado a R$ 84,27 – outro recorde – superando a máxima histórica de fechamento anterior, de R$ 83,70, registrada em abril deste ano.
A disparada da ação aconteceu a menos de 10 dias da precificação da oferta que vai privatizar a companhia. Vale lembrar que a expectativa da oferta já vem há algum tempo puxando para cima os papéis da companhia. As ações da Sabesp acumulam alta de 14,4% no ano.
Nesta etapa, o governo do Estado de São Paulo irá colocar a mercado uma fatia de 17% da Sabesp.
O período de reserva de ações começou na semana passada, e os interessados em participar podem reservar os papéis até 15 de julho. Já a fixação do preço por ação acontece no dia 18 de julho, enquanto a liquidação da oferta será no dia 22.
Nesta etapa, podem reservar as ações os investidores não institucionais. A prioridade será para empregados e aposentados.
Os pedidos de reservas das ações da companhia podem ser feitos de duas formas: diretamente ou indiretamente. O investimento direto ocorre por meio de uma corretora ou banco. Já o investimento indireto seria via fundos FIA-Sabesp que as corretoras poderão criar para participar dessa operação.
A aplicação mínima é de R$ 100 e a máxima, de R$ 1 milhão para investimentos diretos. Já para investir nos fundos FIA-Sabesp, a aplicação mínima é de R$ 1 e a máxima, de R$ 1 milhão.
O investidor que desejar adquirir ações da Sabesp precisa ter um olhar de longo prazo segundo José Ronaldo, economista e professor do Ibmec-RJ. Isso porque a curto prazo já houve uma valorização do papel com a expectativa da privatização.
"A perspectiva de longo prazo em uma companhia do tamanho da Sabesp, que está na área mais rica do Brasil e que tem um bom potencial de aumento de eficiência com a privatização, tende se refletir em valor de mercado para a companhia. A longo prazo pode gerar ganho para o investidor."