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Abrapp: participação de fundos de pensão no PIB dobrará

O total equivale a 15% hoje e a previsão é de que esse porcentual dobre em dez anos, chegando a 32% em 2021

A Previ, do Banco do Brasil, é o maior fundo do País, com patrimônio de R$ 155 bilhões em março, no ranking da Abrapp (Stock.xchng)

A Previ, do Banco do Brasil, é o maior fundo do País, com patrimônio de R$ 155 bilhões em março, no ranking da Abrapp (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 19h47.

Florianópolis - Os ativos totais dos fundos de pensão brasileiros chegaram a R$ 566 bilhões em março, segundo os dados mais recentes do segmento divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). O total equivale a 15% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão é de que esse porcentual dobre em dez anos, chegando a 32% em 2021, segundo o presidente da Abrapp, José de Souza Mendonça.

Boa parte desse aumento dos patrimônio dos fundos deve ser aplicada na bolsa. Atualmente, cerca de 60% dos ativos das fundações estão investidos em títulos públicos de renda fixa. Outros 31% estão em ações e o restante, em imóveis (3,1%), aplicados em fundos de participação (2,6%) e em operações no exterior. A previsão da Abrapp é de que, em 2021, a renda variável responda por 50% dos ativos dos fundos, com o restante distribuído pelas outras modalidades. "É a bolsa que vai ser a maior beneficiada com o crescimento do setor", disse Mendonça.

A Previ, do Banco do Brasil, é o maior fundo do País, com patrimônio de R$ 155 bilhões em março, no ranking da Abrapp. Em seguida está a Petros, dos funcionários da Petrobras, com R$ 53 bilhões, e a Funcef, da Caixa Econômica Social, com R$ 44,6 bilhões. Ao todo, existem 368 fundos de pensão de companhias privadas e estatais autorizados pelo governo a captar recursos de empregados para a aposentadoria.

Os fundos de pensão têm hoje cerca de 3 milhões de participantes, número considerado muito baixo pela Abrapp considerando-se a população economicamente ativa do Brasil. Para Mendonça, o desafio é atrair novos participantes para o setor. Segundo ele, o desconhecimento da população em relação ao produto ainda é grande e há muitas empresas que têm fundos nas quais a maior parte dos funcionários prefere não aderir ao plano. Ele cita como exemplo o fundo que ele próprio cuida, o Indusprev, que administra seis fundos de empresas do Rio Grande do Sul, no qual a adesão é de 50%.

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