Mercados

Abismo fiscal traz aversão ao risco e euro cai

Nesta sexta-feira, Barack Obama realiza a primeira reunião oficial com líderes do Congresso para negociar maneiras de evitar os cortes de gastos e aumentos de impostos


	Por volta das 10h45 (pelo horário de Brasília), o euro caía a US$ 1,2744, de US$ 1,2781 no fim da tarde de quinta-feira (15) em Nova York
 (Joel Saget/AFP)

Por volta das 10h45 (pelo horário de Brasília), o euro caía a US$ 1,2744, de US$ 1,2781 no fim da tarde de quinta-feira (15) em Nova York (Joel Saget/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 10h09.

Nova York - O euro opera em queda ante o dólar nesta sexta-feira, com a cautela imposta pelos receios com o chamado "abismo fiscal" nos Estados Unidos, fazendo o investidores abandonarem moedas consideradas mais arriscadas.

Nesta sexta-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, realiza a primeira reunião oficial com líderes do Congresso para negociar maneiras de evitar os cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos programados para entrar em vigor no começo do ano que vem.

Por volta das 10h45 (pelo horário de Brasília), o euro caía a US$ 1,2744, de US$ 1,2781 no fim da tarde de quinta-feira (15) em Nova York. O dólar recuava para 81,12 ienes, de 81,15 ienes na quinta-feira (18). A libra esterlina avançava para US$ 1,5864, de US$ 1,5857. E o índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, tinha alta de 0,12%, a 81,177 pontos.

A queda do euro acompanha as perdas dos mercados de ações europeus. Sem muitas notícias para guiar o sentimento dos investidores, os participantes do mercado focam suas atenções na reunião do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), que acontece na próxima terça-feira (20). Espera-se que eles cheguem a um acordo sobre a liberação da próxima parcela de ajuda para a Grécia.

Mesmo assim, Adam Myers, estrategista sênior de câmbio do Crédit Agricole, alerta contra a expectativa de um rali do euro e de moedas emergentes no caso de um acordo sobre a Grécia na terça-feira (20). "Eu acho que isso provavelmente não será suficiente para o mercado começar a assumir riscos novamente", comenta.

Enquanto isso, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, dissolveu nesta sexta-feira formalmente a Câmara Baixa do Parlamento, dando início assim ao período de quatro semanas de campanha antes das eleições. Com isso, o dólar se mantém acima de 81 ienes, mas está abaixo da máxima de seis meses e meio atingida na quinta-feira (15). As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCâmbioDólarEuroMoedas

Mais de Mercados

Dólar alcança nova máxima histórica e fecha a R$ 5,91

Ibovespa fecha em queda de 1,74% com expectativa de isenção de IR; dólar tem nova máxima

O que explica a valorização de US$ 350 bi da Tesla? 'Espíritos animais', citam analistas

No pior ano desde 2020, funcionários da Starbucks receberão apenas 60% do bônus