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10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Eletrobras precisa investigar usina de Santo Antônio, da Odebrecht e Andrade Gutierrez, com participação de Furnas, para fechar balanço sem ressalvas


	Usina de Santo Antônio: Odebrecht e Andrade Gutierrez não querem que Eletrobras investigue obras, mas estatal precisa aprovar balanço sem ressalvas
 (Germano Lüders/EXAME)

Usina de Santo Antônio: Odebrecht e Andrade Gutierrez não querem que Eletrobras investigue obras, mas estatal precisa aprovar balanço sem ressalvas (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2016 às 07h11.

São Paulo - Confira as principais novidades do mercado desta quinta-feira (07):

Temer deve elevar imposto, mas rombo vai passar de R$ 150 bi em 2017

O governo provisório deve recorrer ao aumento de impostos para diminuir o rombo nas contas públicas em 2017, mas mesmo assim o deficit planejado deve ser maior que R$ 150 bilhões.

A receita será elevada com o aumento do Cide (imposto sobre combustíveis) e receita de concessões e privatizações, decidiu a equipe econômica após reunião com Michel Temer na noite passada.

Governo reconhece a primeira derrota na Câmara

O presidente em exercício Michel Temer acusou a sua primeira real derrota no Congresso, quando não conseguiu aprovar no plenário da Câmara a urgência constitucional do projeto que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União.

Inconformado com a desarticulação das lideranças dos partidos da base aliada, que não estavam presentes em plenário na hora da votação, ao ser informado da derrota, Temer telefonou para o líderes do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE) e do PMDB, Baleia Rossi (SP) para entender o que aconteceu.

O maior problema foi que muitos deputados usaram esta rejeição à aprovação da urgência para se votar contra os governadores em seus estados, como foi o caso, por exemplo, do Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná e Mato Grosso. O governo vai tentar votar de novo a urgência na terça-feira.

Briga de acionistas puxa ações da Usiminas

As ações ordinárias da Usiminas, que dão direito a voto em assembleia, têm registrado ganhos com a disputa pelo controle acionário da empresa, de acordo com cálculos do Valor Econômico. Só na véspera, os papéis subiram 34,85%, para R$ 7,12, maior valor desde novembro do ano passado.

Segundo um analista ouvido pelo jornal, a alta tem a ver com o cenário de disputa pelo controle da empresa, que tem esquentado nos últimos dias com declarações da CSN e da Nippon Steel.

De acordo com O Estado de S. Paulo, a Nippon e a Ternium, as duas maiores acionistas, estão movendo 14 processos contra a CSN, que detém 14% do capital.

Eletrobras quer devassa em usina da Odebrecht e Andrade Gutierrez

Investigadores externos que a Eletrobras contratou para fazer um pente fino nas operações da empresa querem estender a devassa para a construção da usina de Santo Antônio, controlada por Odebrecht, Andrade Gutierrez e Caixa FIP, mas com participação minoritária de Furnas.

Segundo o Valor Econômico, no entanto, os sócios barraram o pedido da Eletrobras. A estatal chegou a entrar com uma liminar na Justiça para obrigar a investigação, que seria o único jeito da empresa aprovar o balanço sem ressalvas e voltar a negociar ações na Bolsa de Nova York.

Sete empresas disputam a Liquigás

A participação total da Petrobras na Liquigás está sendo disputada por sete empresas, segundo o Valor Econômico: duas gigantes do setor, o grupo Ultra (Ultragaz) e a SHV (Supergasbras); a Gávea Investimentos e a turca Aygaz, interessadas no GLP; Nacional Gás e Copagaz, que devem formar um consórcio; e a Consigaz.

A transação está avaliada em R$ 1,5 bilhão, e a venda para uma das gigantes pode enfrentar problemas no Cade, já que a Liquigás, sozinha, tem 21,86% da participação no mercado.

Americanas pode fazer aporte de R$ 700 mi na B2W

A Lojas Americanas deve fazer um aporte de R$ 700 milhões na controlada B2W, que seria o segundo em menos de dois anos, segundo o Valor Econômico. A aceitação por parte dos acionistas foi menor que a da última capitalização (67% agora contra 99% quando a Tiger Global se tornou sócia da empresa).

A ação da B2W, que na época da subscrição valia R$ 9,81, subiu para R$ 11,35 entre terça e quarta-feira, o que levantou um questionamento da CVM. A empresa afirmou "não ter conhecimento de qualquer informação não divulgada que possa ter justificado a oscilação".

S&P eleva rating da Gol de SD para CCC

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) elevou o rating em escala global da Gol Linhas Aéreas de SD para CCC ao mesmo tempo em que o rating em escala nacional foi elevado de SD para brCCC.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, a agência afirmou que a elevação vem na sequência da "conclusão da troca de dívida, em que a Gol ofereceu um valor consideravelmente menor (na opinião da S&P) sobre suas obrigações que o que havia prometido originalmente".

CVM vai apurar fusão entre Oi e Portugal Telecom

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu dois inquéritos para apurar a operação de fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, anunciada em 2013; e a oferta pública de ações realizada pela Oi em 2014, que era parte desse processo de união das companhias.

Logo após a realização da oferta de ações que capitalizou a Oi, foi divulgado pela imprensa portuguesa que a Portugal Telecom havia investido 847 milhões de euros de seu caixa em ativos da Rioforte, holding não financeira do Grupo Espírito Santo, que estava em dificuldades financeiras.

Faturamento do setor de cartões de crédito cresce 9% em 2015

O faturamento do setor de cartões de crédito no Brasil subiu 9% no ano passado, para R$ 678 bilhões, enquanto o do segmento de débito avançou 12% em relação a 2014, para R$ 390 bilhões.

Os dados foram divulgados pelo Banco Central e fazem parte do Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro 2015.

De acordo com o documento, foram realizadas 5,7 bilhões de transações comcartões de crédito e 6,5 bilhões com cartões de débito emitidos no País, cerca de 3% e 15% de crescimento em relação a 2014.

Aprovar reformas é fiel da balança, diz S&P e Moody's

A atenção de grandes agências de classificação de risco em relação ao Brasil segue voltada para a capacidade do governo interino de aprovar propostas no Congresso para corrigir a deterioração fiscal do país, e não tanto para medidas adotadas que aumentam o rombo orçamentário no curto prazo.

Segundo representantes da Moody's e da Standard & Poor's, fatores como a renegociação das dívidas dos Estados e o reajuste de salários de funcionários públicos e do Bolsa Família, que tem rendido crescentes críticas ao governo do presidente interino Michel Temer, por piorarem ainda mais o buraco fiscal, não mudam o cenário de longo prazo.

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