(HAKINMHAN/Thinkstock)
Jornalista
Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 11h13.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h31.
O BTG Pactual divulgou, nesta terça-feira, 1º de fevereiro, sua carteira recomendada de fundos imobiliários sem nenhuma alteração. Assim, a carteira deste mês segue composta de 14 ativos, divididos entre: recebíveis (51,0%), galpões logísticos (20,0%), lajes corporativas (18,0%), híbridos (6,0%) e shoppings (5,0%).
O dividend yield anualizado é de 9,6%, assim como o dividend yield para os próximos 12 meses (também de 9,6%). Já as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 12% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente R$ 4 milhões.
Assinado por Daniel Marinelli, Danilo Barbosa e Matheus Oliveira, o relatório aponta um cenário macroeconômico desafiador do ponto de vista doméstico, destacando a pressão inflacionária (o IPCA+15 atingiu alta de 0,58% em janeiro), a expectativa de elevação da Selic na próxima reunião do Copom e a nova onda de covid-19 no país, cuja grande transmissibilidade faz com que as empresas operem abaixo de sua plena capacidade.
Por outro lado, os especialistas também destacam dados positivos no cenário microeconômico dos segmentos. A absorção líquida do mercado de galpões logísticos de alto padrão em São Paulo, por exemplo, atingiu a marca recorde de 593 mil m² no quarto trimestre de 2021, levando o indicador para 1,2 milhão de m² absorvidos no ano passado.
Outro destaque foi o mercado de escritórios corporativos de alto padrão em São Paulo — que, além de apresentar a segunda alta consecutiva desde o início da pandemia na absorção líquida, também registrou uma redução na taxa de vacância, que passou de 23,1% para 21,8% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021. Veja nos gráficos abaixo.
O documento também reitera a posição do banco em relação ao investimento de longo prazo em FIIs. Isso porque, segundo os analistas, apesar do cenário desafiador no curto prazo, os fundos imobiliários seguem oferecendo maior liquidez frente ao investimento direto em imóveis e menor volatilidade quando comparados com o investimento direto em ações — além de possibilitarem o recebimento de renda recorrente e líquida de impostos para pessoas físicas.
“Acreditamos que as quedas ocorridas ao longo do ano abriram diversas oportunidades para o investidor que busca tanto o ganho de capital quanto a renda. Na nossa visão, é possível encontrar diversos ativos que oferecem relação risco vs. retorno bastante favorável, apoiada em fundamentos sólidos”, diz o relatório.
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Os fundos que compõem a carteira de fevereiro buscam proporcionar, além da diversificação setorial, exposição a diferentes regiões do país. “Em termos de estratégia, acreditamos que uma carteira diversificada (diferentes gestores e segmentos), com ativos de tijolo de alta qualidade e bem localizados (como os sugeridos), é a melhor forma de ficar exposto ao mercado imobiliário de forma resiliente em períodos de maior volatilidade e de se beneficiar em momentos de retomada”, diz o relatório.
Veja, abaixo, quais são os 14 ativos escolhidos pelos especialistas.
RBRR11 (12,5%);
BTCR11 (10,0%);
KNCR11 (17,5%);
FEXC11 (5,0%);
CPTS11 (6,0%);
XPLG11 (2,5%);
VILG11 (7,5%);
BRCO11 (2,5%);
HSLG11 (7,5%);
RBRP11 (6,0%);
BRCR11 (5,0%);
RCRB11 (8,0%);
HGRE11 (5,0%);
VISC11 (5,0%)