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Afinal, vale a pena investir em COE?

Com turbulência no mercado local e baixa histórica da Selic, COE é opção de investidores que buscam retorno nos investimentos e proteção de capital

Para investir em COE, é preciso ter visão de longo prazo e estar atento ao mercado internacional (John Lamb/Getty Images)
VD

Vanessa Daraya

Publicado em 12 de março de 2021 às 17h06.

Última atualização em 22 de março de 2021 às 17h17.

Muito popular no exterior como notas estruturadas, o Certificado de Operação Estruturada (COE) foi regulamentado no Brasil em 2015. Mas, com a Selic em seu patamar mais baixo e as recentes turbulências no mercado local, muitos investidores viram a rentabilidade de seus ativos cair. E, de olho na retomada da economia global e em busca de mais proteção ao capital, voltaram as atenções ao COE.

Estamos falando de um veículo de acesso a ativos internacionais, como moedas, ações, fundos, commodities, índices de ações como o S&P 500, mas com um risco menor. “A estrutura em si combina uma operação de renda fixa com uma de derivativos”, explica Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável e derivativos doBTG Pactual digital.

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Isso porque o COE oferece capital protegido e liquidez baixa, com prazos que podem variar de seis meses a cinco anos, como outros produtos de renda fixa. E oferece ganhos ao investidor, em caso de alta — mas com um limitador de rentabilidade —, ou o valor nominal de volta em caso de perdas no ativo escolhido.

Como funciona na prática

 

Vamos supor que, após analisar o mercado, o investidor preveja uma alta do dólar nos próximos meses e compre um COE atrelado à variação da moeda, com rentabilidade de até 20%. Se houver uma valorização de 30% do dólar, por exemplo, o cliente recebe o capital investido e mais o teto de 20% da rentabilidade.

Caso o dólar tenha recuado 15%, o cliente recebe o mesmo valor que investiu. “Ou seja, no pior cenário, vai receber ao final da operação exatamente o montante aplicado”, afirma Zanlorenzi. Portanto, o produto é indicado para quem quer diversificar a carteira em busca de um retorno de renda variável, mas que não tolera perdas consistentes.

Aplicação acessível

 

A mudança no valor do investimento inicial também é um dos fatores que atraíram os investidores. Antes, o investimento mínimo era de cerca de 50.000 reais. Mas hoje já é possível comprar um COE com 1.000 reais, o que permite ao investidor experimentar a modalidade sem alocar grande parte de seu patrimônio nela.

“Por isso que é uma ótima ferramenta para diversificar os investimentos", explica Zanlorenzi. “São operações do mercado global que só seriam acessíveis em fundos exclusivos e contas fora do país, por exemplo, mas que hoje estão acessíveis ao investidor com tíquete médio baixo”, afirma.

Zanlorenzi destaca também a proteção diante da variação cambial. “Por mais que o investimento seja em um ativo internacional, a desvalorização do real não impacta o investimento. Ou seja, caso compre um COE da Nasdaq, por exemplo, e ela suba 10%, o COE também vai subir 10%”, explica.

Outra vantagem é o imposto de renda, que segue a tributação da renda fixa, sem exigir emissão de Darf, comum na renda variável. “O investidor recebe a rentabilidade líquida, que segue a tabela regressiva”, diz. Ela prevê desconto de 15% para investimentos acima de 720 dias. O maior percentual, 22,5%, incide sobre aqueles com prazo menor que 180 dias.

Perfil do investidor

 

Antes de optar pela compra do COE, o investidor deve entender seu perfil de risco e estabelecer objetivos claros. “É preciso ter uma visão de longo prazo e estar atento ao mercado internacional”, explica Zanlorenzi.

“A expectativa precisa estar bem alinhada para não gerar frustração. As operações de mercado global costumam ter prazo mais longo. A experiência para o cliente que vê flutuações no mercado e deseja sair com rapidez não é das melhores”, complementa. “O erro está na expectativa errada, não em uma falha do produto, que sempre foi negociado internacionalmente dessa forma com uma boa aceitação”, conclui.

Portanto, se o seu objetivo é proteger o capital, mas ter alta liquidez, como no caso da reserva de emergência, o COE passa longe de ser o produto ideal. “Se fizer isso, é claro que a experiência será negativa, pois o investidor pode precisar de um dinheiro a qualquer momento, e ele não vai estar disponível”, justifica.

Nesse caso, existem ativos muito mais adequados, como os próprios CDBs com liquidez diária oferecidos pelo BTG, com taxas de remuneração equivalentes a 103% e 104% do CDI. Eles garantem a proteção do capital e ainda ficam acessíveis para saque a qualquer momento.

“Por outro lado, um cliente que pensa em ter 10% do portfólio alocado nos Estados Unidos, pensando no médio e no longo prazo, encontra no COE uma ótima oportunidade de investimento”, diz.

O BTG tem nove COEs em sua plataforma, com ofertas em mercados variados e investimento mínimo de 5.000 reais, sem taxa de administração e corretagem. E lembre-se: após a contratação, acompanhe o mercado sem sofrimento. Sem liquidez diária, não é preciso monitorar constantemente cada variação nos ativos.

Diversifique seus investimentos com a ajuda de especialistas. Abra sua conta no BTG Pactual.

Acompanhe tudo sobre:btg-pactual-digital

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