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Tudo que você não viu sobre o AI Pin, o dispositivo sem tela que quer aposentar os smartphones

Conheça a inovadora aposta da Humane, empresa de wearable, que usa tecnologia da OpenAI

AI Pin: o dispositivo com IA da Humane (Humane/Divulgação)
André Lopes

Repórter

Publicado em 10 de novembro de 2023 às 10h05.

Última atualização em 14 de novembro de 2023 às 09h47.

Após uma série de demonstrações e especulações sobre com a inteligência artificial (IA) poderia ser levada ao dia a dia das pessoas, a Humane, fundada por Imran Chaudhri e Bethany Bongiorno, ambos ex-funcionários da Apple, apresentou na quinta-feira, 9, seu primeiro dispositivo: oAI Pin, que promete, principalmente, reduzir a constante necessidade de interação com telas de smartphones ao usar IA.

O lançamento do produto é o resultado de cinco anos de desenvolvimento, de um investimento de US$ 240 milhões, que serviu para comprar 25 patentes e firmar parcerias com grandes empresas de tecnologia, incluindo OpenAI, Microsoft e Salesforce.

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A primeira vista, trata-se de um dispositivo vestível, com a cara do que comumente se vem em filmes e séries de ficção cientifica. Por sinal, muito parecido com o dispositivo usado porTheodore, personagem vivido por Joaquin Phoenixno filme Her, de 2013.

Ele consiste em duas partes: um pequeno quadrado equipado com um projetor e uma bateria que se fixa magneticamente em roupas ou outras superfícies. Ele não esta a venda ainda, mas foi anunciado ao preço de US$ 699 para o mercado americano.

Filme Her (2013): ficção já ensaiava a interface por voz como uma substituta para as telas dos smartphones

O AI Pin pode ser controlado por voz, toque ou projeção de um display a laser na palma da mão. Ele também te um assistente virtual capaz de enviar mensagens de texto, tocar músicas, tirar fotos, fazer chamadas ou traduzir conversas em tempo real.

A tecnologia avança em relação a assistentes como Siri, Alexa e Google Assistant, seguindo conversas e editando mensagens de forma mais eficiente.

A Humane enfrenta a ansiedade comum a lançamentos tecnológicos, especialmente considerando o histórico de produtos vestíveis que não obtiveram sucesso no mercado.

A empresa planeja começar a enviar os pins no próximo ano para o mercado dos Estados Unidos, com uma expectativa de venda de cerca de 100.000 unidades, que além do valor do produto, terá uma assinatura mensal de serviço de US$24.

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Para que serve o AI

A principal função do AI Pin é conectar-se a modelos de IA por meio de um software denominado AI Mic. A Humane mencionou parcerias com a Microsoft e a OpenAI em seu comunicado de imprensa, e relatórios anteriores sugeriram que o dispositivo era alimentado principalmente pelo GPT-4. A empresa confirmou que o acesso ao ChatGPT é uma das principais características do dispositivo.

Mas é um novo conceito de dispositivo, Para que o AI Pin seja bem-sucedido, os usuários precisarão se adaptar ao novo sistema operacional, chamado Cosmos, e estar abertos a ditar textos em vez de digitá-los e trocar uma câmera com zoom por fotos de grande angular. Recursos como reconhecimento de objetos e vídeos não estarão disponíveis inicialmente, e o dispositivo apresentou falhas durante algumas demonstrações assistidas pela reportagem de EXAME.

Sam Altman, fundador da OpenAI: líder da IA aposta em novos dispositivos para levar o ChatGPT às massas (Joel Saget/Getty Images)

Sam Altman, CEO da OpenAI, investidor da ideia, destacou em entrevista ao jornal NY Times a importância da IA na interação com computadores e mencionou que a Humane é só uma das empresas que ele aposta para dar cabo da missão de superar os smartphones. Outra empresa no seu portfólio é Rewind AI, que também desenvolve dispositivos vestíveis.

A Humane tem a vantagem de ser o primeiro desses dispositivos focados em IA a chegar ao mercado, mas Altman ressalta que isso não garante o sucesso.

Os fundadores da Humane, Bongiorno e Chaudhri, se conheceram na Apple em 2008 e deixaram a empresa no final de 2016. A ideia do AI Pin surgiu após uma reunião com Marc Benioff, fundador da Salesforce, em 2018.

A Humane busca replicar a utilidade do iPhone sem os componentes viciantes, como as redes sociais. A empresa trabalhou em segredo com componentes de hardware e desenvolveu um assistente virtual, colaborando com modelos de linguagem personalizados baseados em parte nas ofertas da OpenAI.

Acompanhe tudo sobre:OpenAIChatGPT

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