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Com auxílio do ChatGPT, mãe descobre síndrome rara do filho

Família consultou 17 médicos ao longo de três anos, mas só descobriu o nome da doença rara com a avaliação da IA generativa

Menino com celular: com ajuda do ChatGPT, mãe descobriu nome de síndrome rara (Alistair Berg/Getty Images)
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 13h42.

Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 13h43.

Nos Estados Unidos, uma mãe conseguiu descobrir a doença rara de seu filho com a ajuda de um 'conselheiro' inesperado: o ChatGPT . Courtney visitou 17 médicos em três anos, mas só conheceu o diagnóstico de Alex após alimentar a inteligência artificial generativa com um compilado de informações médicas que coletou nas consultas.

A criança começou a sentir dor aos 4 anos de idade. De acordo com os pais, Alex começou a ter comportamentos atípicos como surtos de raiva e mastigar coisas. Com o tempo, ele foi desenvolvendo dificuldade para respirar, desequilíbrio ao andar, enxaquecas e exaustão.

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Nas visitas aos médicos (dentista, ortodontista, fisioterapeuta, neurologista...), Alex costumava receber um diagnóstico que explicava apenas um dos sintomas, e não o conjunto. A mãe de Alex, então, foi ao ChatGPT na esperança de encontrar um diagnóstico.

“Examinei linha por linha tudo o que estava nas notas dele (de ressonância magnética) e conectei ao ChatGPT”, disse Courtney ao portal Today . A IA generativa respondeu com o nome de uma condição rara: síndrome da medula ancorada.

Indo atrás do diagnóstico oficial, a mãe de Alex entrou num grupo de Facebook para famílias de crianças com a síndrome rara. As histórias publicadas no fórum eram parecidas e, então, Courtney marcou uma consulta com um neurocirurgião da área.

Segundo Courtney, ao olhar as imagens de ressonância magnética, o médico identificou imediatamente onde a coluna estava 'amarrada'.

O que é a síndrome da medula ancorada?

Com auxílio do ChatGPT, Courtney descobriu que seu filho Alex poderia ter síndrome da medula ancorada. A condição acontece quando um tecido da medula espinhal forma ligações que limitam seu movimento.

É como se a "medula espinhal estivesse presa a alguma coisa", explicou a Dra. Holly Gilmer ao Today. À medida que o corpo humano cresce, a medula não consegue acompanhar o alongamento da coluna.

A sídrnome está associada à espinha bífida, condição na qual a coluna vertebral não se forma normalmente e os nervos ficam expostos. O tipo de Alex, porém, é "oculto", por isso a dificuldade de identificar a doença. "Ele tem como se fosse uma marca de nascença no topo das nádegas e um umbigo torto", contou Courtney.

Sinais como esse normalmente passam despercebidos por médicos na hora do nascimento do bebê, explica a doutora Gilmer, o que atrasa o diagnóstico.

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