Inovação

5 negócios que conquistaram um novo tipo de cliente em meio à pandemia

A crise sanitária mudou radicalmente o cotidiano das pessoas. Demandas pouco exploradas ganharam força. Empresas abriram mercados com atitudes inovadoras

A pandemia transformou o mundo. Algumas empresas ganharam clientes ao atender demandas abertas pela crise (Catarina Bessell/Exame)

A pandemia transformou o mundo. Algumas empresas ganharam clientes ao atender demandas abertas pela crise (Catarina Bessell/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2020 às 09h00.

Última atualização em 27 de agosto de 2020 às 16h52.

A tragédia causada pela covid-19 forçou uma mudança brusca no dia a dia das empresas. De uma hora para a outra, cadeias produtivas inteiras foram afetadas pelo sumiço dos clientes – basta lembrar de companhias aéreas ou de empresas de eventos, por exemplo.

Ao mesmo tempo, a pandemia transformou o cotidiano das pessoas. E, com isso, abriu espaço a demandas até então pouco exploradas. Em alguns casos, os negócios resolvem dilemas abertos pela crise sanitária.

Na reportagem de capa da edição desta semana, EXAME mostrou 50 atitudes inovadoras de empresas de diversos setores ao lidar com a crise. A seguir, veja cinco histórias de negócios que conquistaram novos clientes no meio da pandemia.

Vittude: vendas corporativas
O isolamento social impulsionou os serviços da Vittude, startup dona de uma espécie de “Uber de psicólogos”, onde é possível fazer terapia à distância. Desde março, o número de visitantes aumentou de 2,5 milhões para 3,3 milhões por mês. A número de usuários cadastrados no período cresceu de 25.000 para 150.000. “Queremos chegar a 1 milhão de vidas até o fim do ano”, diz Tatiana Pimenta, cofundadora da Vittude. O pulo do gato da startup é a venda de planos corporativos a negócios dispostos a dar algum conforto aos funcionários em meio ao isolamento social. Entre os 70 clientes atuais estão Grupo Boticário, Banco do Brasil, RaiaDrogasil e SAP. “Queremos chegar a 200 clientes até dezembro”, diz Pimenta. Ernesto Yoshida

Uber: entregas de comida
Com as pessoas em casa, o aplicativo de transporte Uber viu secar sua maior fonte de receitas. Assim, a empresa precisou cortar 3.700 funcionários — 25% do total. Ao mesmo tempo, teve de encontrar novos clientes. Os esforços se concentraram nos serviços de entrega de comida e de compras, por meio do UberEats e dos apps Cornershop e Postmates, adquiridos recentemente. Filipe Serrano

Caixa: 65 milhões de novas contas bancárias
Em quatro dias, a Caixa Econômica Federal transformou um aplicativo com capacidade para 1 milhão de usuários na plataforma do maior programa de transferência de renda da história do Brasil. Até o momento, o banco já repassou 136,3 bilhões de reais a 65 milhões de beneficiados pelo auxílio emergencial. Em outubro, o banco pretende testar a solidez de seus números com os investidores ao fazer a oferta inicial de ações de sua subsidiária de seguros, que deve captar até 15 bilhões de reais. Em seguida, a unidade de cartões irá a mercado. Natália Flach, Marília Almeida e Karla Mamona

iFood: novos cardápios
O número de restaurantes cadastrados no aplicativo de delivery iFood saltou 60% com a pandemia — hoje são 212.000. Nessa toada, entraram categorias pouco digitalizadas, como churrascarias. A quantidade de pedidos cresceu de 30 milhões, em março, para 39 milhões, em junho. Quem já estava acostumado a pedir comida experimentou novos pratos. Com tantas demandas abertas, o iFood viu a necessidade de se aproximar de clientes e parceiros. No caso dos clientes, esforçou-se para incluir culinárias pouco vistas por lá, como a vegana. Para os restaurantes, criou conteúdos anticrise. “Eles precisavam de informações para readequar o cardápio, pensar na logística e na gestão do negócio”, diz Diego Barreto, vice-presidente do iFood. Aos entregadores, ofereceu máscaras e álcool em gel. Mas, como outras empresas de delivery, está às voltas com protestos da categoria espalhados pelo país. Na pauta estão melhores condições de trabalho, que só aumentou com a pandemia. Mariana Desidério

Leroy Merlin: aluguel de ferramentas
Com mais gente passando mais tempo dentro de casa, há quem queira dedicar atenção a melhorias no lar. Pensando nessa demanda, a varejista Leroy Merlin turbinou o serviço de aluguel de ferramentas. O serviço que antes da pandemia era terceirizado a outra empresa passou a ser feito por funcionários da Leroy. O custo módico de alguns serviços — é possível alugar uma furadeira elétrica por 30 reais, por exemplo — aqueceu as vendas. A Leroy Merlin projeta uma receita de 6 bilhões de reais em 2020 — alta de 8%. Karin Salomão

Acompanhe tudo sobre:EstratégiaInovaçãoPandemia

Mais de Inovação

Celcoin compra concorrente e quer ser "ciclo completo" do mercado de crédito

CEO bilionário: 'Acordei às 4h30 nas férias para trabalhar – e assim passar os dias em família'

Mauricio de Sousa e Sebrae se unem para inspirar meninas a empreender

Energia por assinatura pode gerar até 20% de economia para empresas. Veja como