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Armas garantem vantagem militar sobre Otan e EUA, diz Rússia

Dirigente afirmou que as Forças Armadas russas irão receber mais de 50 novos mísseis nucleares intercontinentais este ano


	Aviões militares russos foram avistados com frequência cada vez maior sobre a Europa nos últimos meses
 (REUTERS/Baz Ratner)

Aviões militares russos foram avistados com frequência cada vez maior sobre a Europa nos últimos meses (REUTERS/Baz Ratner)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 11h08.

Moscou - O chefe das Forças Armadas da Rússia declarou nesta sexta-feira que um arsenal nuclear poderoso irá garantir uma superioridade militar sobre o Ocidente, no momento em que seu país se empenha em finalizar um plano multibilionário para modernizar suas forças até 2020.

A Rússia, que provavelmente entrará em recessão neste ano por conta das sanções impostas por Estados Unidos e Europa em função da crise na Ucrânia e devido à queda no preço do petróleo, precisa lidar com novas formas de agressão ocidental, o que inclui confrontos econômicos, disse o general Valery Gerasimov.

Apesar das enormes preocupações econômicas, ele afirmou que as Forças Armadas russas irão receber mais de 50 novos mísseis nucleares intercontinentais este ano.

“O apoio a nossas forças nucleares estratégicas para garantir sua alta eficiência militar, combinada a... um aumento do potencial militar das forças em geral, fará com que (os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, na sigla em inglês) não obtenham superioridade militar sobre nosso país”, afirmou Gerasimov.

As tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram como resultado do conflito no leste da Ucrânia, onde EUA e Europa sustentam que Moscou está incentivando a insurgência enviando soldados e armas, o que Moscou nega.

A Rússia tem criticado a expansão da Otan no leste europeu, e o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Exército ucraniano, que combate separatistas pró-Rússia no leste do país, de ser um fantoche da Otan com uma política de “contenção” da Rússia.

Aviões militares russos foram avistados com frequência cada vez maior sobre a Europa nos últimos meses.

A Grã-Bretanha convocou o embaixador russo na quinta-feira para pedir uma explicação sobre dois bombardeiros russos de longo alcance que sobrevoaram o Canal da Mancha, forçando as autoridades britânicas a redirecionar a aviação civil.

A Rússia promete realizar até 2020 uma modernização militar de 286,20 bilhões de dólares concebida por Putin e não mexer nos gastos militares, mesmo em face de uma crise econômica crescente que reduziu os orçamentos de outros ministérios.

O projeto de renovação objetiva aprimorar os sistemas de armamentos russos para garantir que entre 70 e 100 por cento das armas e equipamentos das Forças Armadas tenham sido modernizados até o final da década – plano confirmado pelo miinistro da Defesa, Sergei Shoigu.

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