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Nível de capital do BNP cai para 10% após multa recorde

Multa recorde de 9 bilhões de dólares por driblar sanções dos EUA não forçará banco a correr para levantar caixa ou vender ativos


	BNP Paribas: multa mina o progresso feito pelo BNP na formação de seu capital durante os últimos três anos
 (Loic Venance/AFP)

BNP Paribas: multa mina o progresso feito pelo BNP na formação de seu capital durante os últimos três anos (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 12h06.

Londres - O BNP Paribas disse que uma multa recorde de 9 bilhões de dólares com a qual terá que arcar por driblar sanções dos Estados Unidos não o forçará a correr para levantar caixa ou vender ativos, mesmo acabando com a vantagem de capital do banco francês sobre rivais mais fracos.

A multa deixará o BNP com um nível de capital de 10 por cento, acima dos níveis regulatórios mínimos, mas o mínimo que investidores agora esperam que bancos detenham, e abaixo da média de 11 por cento que os grandes bancos europeus agora têm.

A multa mina o progresso feito pelo BNP na formação de seu capital durante os últimos três anos e pode deixá-lo sob pressão para levantar capital, caso uma revisão de ativos feita por reguladores europeus revele alguma surpresa ruim, ou se mais contas a pagar surgirem de uma crescente onda de acusações jurídicas e multas.

Em uma demonstração de confiança, o BNP rejeitou a opção de cortar seu dividendo. O banco disse que planeja manter seu desembolso em 2014 de 1,5 euros por ação em dinheiro, que custará 1,9 bilhão de euros.

A multa recorde do BNP por violar sanções norte-americanas ao fazer negócios com o Sudão, Irã e Cuba, tem pesado sobre o banco há meses, e analistas disseram que é encorajador que o capital do banco ao final do ano ainda fique levemente acima de sua meta de 10 por cento.

"Isso deixa eles em uma posição onde eles (devem) ficar acima de sua meta -- não tão forte como gostariam de estar, mas não muito longe, levando em conta o enorme trauma pelo qual tiveram que passar" disse Chris Wheeler, analista do Mediobanca.

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