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Chanceler iraniano espera acordo nuclear antes de novembro

Ministro espera resultado positivo em conversas com potências mundiais sobre seu programa nuclear

Mohammad Javad Zarif: ministro espera que conversas permitam realização de atividade nuclear com fins pacíficos (Mohammed Mahjoub/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 10h43.

Moscou - O ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, disse que Teerã esperava alcançar um “resultado positivo” em conversas com potências mundiais sobre seu programa nuclear antes do prazo final estipulado para novembro, graças, em parte, ao apoio da Rússia.

“Nesse curto período de tempo que resta, esperamos poder alcançar um resultado positivo”, disse Zarif, falando por meio de um tradutor em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira com seu colega russo, o chanceler Sergei Lavrov.

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O Irã e potências mundiais estão trabalhando para chegar a um acordo até o prazo final de 24 de novembro, sob o qual Irã deve reduzir suas atividades nucleares em troca de um afrouxamento nas sanções econômicas que têm prejudicado o país.

As conversas incluem Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China, Alemanha e França com o Irã, um formato conhecido como “6 + 1”. Lavrov disse que Moscou defende uma solução que reconheça o direito do Irã de realizar atividade nuclear com fins pacíficos.

“Esperamos que as contínuas conversas do 6 + 1 permitam a conclusão de tal resolução”, disse ele. Moscou tem ajudado a mediar as diferenças entre o Irã e outras potências sobre as atividades nucleares de Teerã, as quais o Ocidente teme que possam ser direcionadas para desenvolver armas nucleares. O Irã diz que precisa de energia nuclear para gerar eletricidade.

No começo deste mês, a Rússia e o Irã anunciaram um grande acordo envolvendo petróleo e alimentos, salientando os problemas em ambos os países para superar as sanções ocidentais. A economia de Teerã tem sofrido há anos com embargos, ao passo que a Rússia foi prejudicada por sanções contra seus setores de finanças, petróleo e defesa, por conta da crise na Ucrânia.

Poucos detalhes foram revelados, mas fontes disseram à Reuters em janeiro que ambos os lados estava negociando um acordo no valor de 1,5 bilhão de dólares que permitiria ao Irã aumentar as exportações de petróleo substancialmente.

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