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TCE-SP faz 1º leilão com documentos registrados em blockchain

Tecnologia cria trilha imutável de documentos, reduz disputas jurídicas e eleva o padrão de transparência nos leilões brasileiros

Direito e tecnologia (the-lightwriter/Getty Images)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 09h27.

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O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), anunciou que vai realizar o primeiro leilão público de imóveis do Brasil 100% registrado em blockchain. O processo será realizado em parceria com a InspireIP e pela Nordeste Leilões.

A InspireSP desenvolveu o sistema para o registro de propriedade intelectual em blockchain, plataforma adotada pela Nordeste Leilões, no qual será hospedado o leilão que terá dez galpões pertencentes ao TCE-SP sendo leiloados.

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No processo, todos os documentos, desde edital, laudos, fotos, anexos, retificações e toda a trilha de alterações, foram registrados em blockchain, garantindo carimbo de data e hora e assegurando a integridade e a autenticidade das informações.

“A adoção do blockchain em processos de leilão público representa um salto de transparência para um setor historicamente vulnerável a fraudes e disputas documentais”, afirma Arthur Nunes, leiloeiro oficial da Nordeste Leilões.

Além disso, segundo Nunes, a parceria marca também o primeiro movimento de expansão da Nordeste Leilões para o Sul e Sudeste, após mais de 15 anos de atuação consolidada no Norte e Nordeste.

“Entrar nos grandes centros exige não apenas experiência, mas elevar substancialmente o padrão de confiança. A parceria com a InspireIP acelera essa expansão porque traz uma prova tecnológica que o mercado já exige e que os órgãos públicos começam a demandar. Blockchain não é sobre modernidade, é sobre responsabilidade, rastreabilidade e transparência”, reforça Arthur Nunes.

Blockchain no processo de leilões

O mercado de leilões convive com um cenário cada vez mais complexo. A proliferação de sites fraudulentos, a circulação de editais alterados e a dificuldade de comprovar a integridade de documentos fragilizam a confiança nos processos. Diante desse ambiente, soluções que reforçam controle e rastreabilidade ganham espaço.

É nesse contexto que a InspireIP se posiciona ao oferecer uma camada técnica baseada em blockchain para registro documental. A proposta atende à demanda crescente por governança, conformidade e transparência, especialmente em leilões públicos e corporativos, onde qualquer divergência documental pode gerar disputas jurídicas.

Segundo Caroline Nunes, advogada e fundadora da InspireIP, o diferencial está na forma como a tecnologia transforma documentos em evidências técnicas.

“O blockchain muda completamente a lógica da prova documental. Cada arquivo registrado passa a ter um identificador criptográfico único, praticamente impossível de ser alterado sem deixar rastro”, afirma.

De acordo com a especialista, qualquer modificação posterior rompe esse identificador. “Mesmo uma mudança mínima quebra a integridade do registro e sinaliza imediatamente que houve adulteração. Isso cria um nível de segurança que os modelos tradicionais não conseguem oferecer”, explica Caroline.

Reconhecida nacionalmente por sua atuação em ativos digitais, Caroline participa de projetos de certificação em blockchain, incluindo iniciativas ligadas ao ecossistema do Banco Central. Para ela, o impacto da tecnologia vai além da proteção técnica e atinge diretamente o padrão de governança.

“O comprador deixa de depender de versões e o órgão público não precisa provar, a todo momento, que cumpriu o rito correto. A verificação se torna pública, rastreável e independente”, afirma.

Segundo Caroline, essa estrutura reduz disputas sobre autenticidade e fortalece a segurança jurídica dos processos.

Os resultados operacionais da Nordeste Leilões ajudam a ilustrar esse avanço. Somente em 2025, a empresa promoveu 65 leilões, comercializou 704 lotes e movimentou mais de R$ 9,5 milhões. Os compradores vieram de 87 cidades e 12 estados, o que amplia a complexidade operacional.

O portfólio inclui sucatas, veículos conservados, automóveis e imóveis. Nesse último segmento, a integridade documental se torna ainda mais sensível, já que qualquer inconsistência pode inviabilizar a transação ou gerar questionamentos posteriores.

Com o registro completo do fluxo documental em blockchain, a plataforma cria uma trilha imutável de informações. Isso protege compradores e vendedores contra alterações tardias, versões divergentes de editais e disputas relacionadas a prazos e autenticidade.

“O blockchain adiciona uma camada de proteção que ainda é pouco explorada no mercado brasileiro de leilões”, afirma Arthur Nunes, destacando o potencial de transformação do setor.

 

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