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Stablecoins representam o maior volume de lavagem de dinheiro com criptoativos, aponta pesquisa

Criminosos do mundo cibernético e do mundo real estariam se apoiando em criptomoedas de valor estável para fazer lavagem de dinheiro, de acordo com uma pesquisa da Chainalysis

Hackers (Issaro Prakalung / EyeEm/Getty Images)

Hackers (Issaro Prakalung / EyeEm/Getty Images)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de julho de 2024 às 17h30.

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Erroneamente, muitos acreditam que as criptomoedas não podem ser rastreadas e que oferecem um refúgio seguro a criminosos e hackers. No entanto, não é bem assim. Uma pesquisa da empresa de análise de dados em blockchain Chainalysis revelou que a maior parte da lavagem de dinheiro com criptomoedas pode ser rastreada e que, entre os criminosos, a preferência é pelas stablecoins, criptomoedas de valor estável.

De acordo com a pesquisa, as stablecoins representam o maior volume de lavagem de dinheiro com criptoativos. O relatório intitulado “Lavagem de dinheiro e criptomoedas 2024” da Chainalysis aponta que desde 2022, mais de US$ 6 milhões em transações ilícitas de lavagem de dinheiro foram feitas utilizando stablecoins.

Segundo a Chainalysis, criminosos recorrem à criptomoedas para tal atividade por elas serem transfronteiriças, praticamente instantâneas e, em geral, com custo baixo de transação.

Stablecoins e a lavagem de dinheiro

As criptomoedas de valor estável podem ser atreladas a ativos tradicionais como o dólar e são muito utilizadas, não apenas por criminosos. USDT, por exemplo, é a maior stablecoin do mundo e a terceira entre todas as criptomoedas em valor de mercado, com mais de US$ 112 bilhões.

No caso das stablecoins como Tether e USDC, as próprias entidades emissoras conseguem rastrear e gerenciar suas transações, facilitando o monitoramento e identificação de atividades suspeitas. A Tether informou à Chainalysis que congelou cerca de 1600 endereços associados a atividades ilícitas, num valor aproximado de 1.500.000.000 USDT.

O relatório também aponta que malware, financiamento de ações terroristas e materiais de abuso infantil são as principais atividades ilícitas na lavagem de dinheiro com criptomoedas.

“Unir a inteligência em blockchain e o conhecimento guiado por dados, enquanto o equilíbrio entre privacidade e segurança é respeitado, é a solução para alcançar uma estrutura segura no ecossistema cripto”, conclui o relatório.

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