Future of Money

SEC autoriza lançamento de primeiros ETFs de Ethereum nos EUA

Regulador já havia aprovado pedidos de gestoras em maio deste ano, mas liberou estreia nas bolsas de valores quase dois meses depois

SEC aprovou pedidos para lançamento de ETFs de ether (Reprodução/Reprodução)

SEC aprovou pedidos para lançamento de ETFs de ether (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 22 de julho de 2024 às 17h49.

Última atualização em 22 de julho de 2024 às 18h00.

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) deu nesta segunda-feira, 22, a aprovação necessária para que o país ganhe os primeiros ETFs de ether já na próxima terça-feira, 23. Os fundos negociados em bolsa de preço à vista da criptomoeda da Ethereum foram inicialmente aprovados em 23 de maio.

Entretanto, o regulador ainda precisava aprovar uma segunda categoria de formulários enviados pelas gestoras para que a estreia nas bolsas de valores dos EUA ocorresse. Inicialmente, a expectativa era de que essa autorização seria concedida ainda no início de junho, mas o processo acabou se estendendo por quase dois meses.

Com a liberação da SEC, os oito ETFs de ether poderão estrear nas bolsas de valores já no dia seguinte, em linha com a divulgação da Chicago Board Options Exchange (CBOE), maior bolsa de opções dos Estados Unidos, sobre a data de lançamento de cinco dos oito fundos divulgada na última semana.

Entre as gestoras que lançarão os ETFs no mercado estão grandes nomes do setor financeiro, incluindo a BlackRock — a maior gestora de ativos, com mais de US$ 9 trilhões sob gestão —, Fidelity, a VanEck e a Franklin Templeton. Assim como no caso do ETF de bitcoin, a Grayscale vai converter seu fundo de investimento na criptomoeda da Ethereum em um ETF.

A aprovação dos ETFs de ether em maio sinalizou uma mudança de posição da SEC importante. Até aquele mês, a expectativa era que a SEC não aprovaria os pedidos devido à visão do regulador de que a criptomoeda não possui um mercado tão grande quanto o do bitcoin e de que ela seria um valor mobiliário, e não uma commodity.

Porém, a SEC acabou mudando de entendimento e arquivou uma investigação sobre a criptomoeda da Ethereum, na prática aceitando o ativo como uma commodity. Para analistas, a mudança ocorreu devido a um novo contexto político nos Estados Unidos, com fortes críticas à postura da SEC em relação ao mercado de criptomoedas.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Ether vai disparar com ETFs?

Até o momento, analistas ainda se dividem sobre o potencial de atração de investimentos pelos fundos. Tom Dunleavy, sócio-gerente da empresa de investimentos em criptomoedas MV Global, avalia que os ETFs de ether podem atrair US$ 10 bilhões em novos investimentos nos primeiros meses e levar o ativo a um recorde de preço.

Já o banco Citi divulgou uma projeção que aponta que os fundos têm potencial para atrair entre US$ 4,7 bilhões e US$ 5,4 bilhões nos primeiros seis meses de negociação, levando em conta uma capacidade de atração inferior à dos ETFs de bitcoin.

Mesmo assim, o lançamento dos ETFs é visto como um passo importante para expandir a adoção institucional do ether no mercado, oferecendo um produto de investimento tradicional e visto como mais seguro para os investidores, em linha com o que ocorreu após o lançamento dos ETFs de bitcoin em janeiro.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:EthereumSECETFsCriptomoedas

Mais de Future of Money

Investidores do bitcoin ainda não precificaram possível vitória de Trump, diz gestora

Bitcoin bate máxima histórica de preço em relação ao real, mesmo sem recorde em dólar

Bolsa de Chicago divulga data de estreia de ETFs de Ethereum nos EUA

Criptomoeda meme de Kamala Harris dispara mais de 100% após desistência de Joe Biden

Mais na Exame