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Quentin Tarantino confirma lançamento de NFTs 'secretos' de Pulp Fiction

O famoso diretor entrará para o mundo dos tokens não fungíveis ainda neste mês com cenas exclusivas do filme de 1994

A Miramax processou o diretor por violação de direitos autorais (Carlo Allegri/Reuters)

A Miramax processou o diretor por violação de direitos autorais (Carlo Allegri/Reuters)

Coindesk

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Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 13h15.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 14h35.

Depois de ser processado por violação de direitos autorais pelo estúdio de cinema Miramax após o anúncio de sua coleção de tokens não fungíveis (NFTs) do filme Pulp Fiction em novembro, o diretor Quentin Tarantino afirmou que, mesmo com o processo, o projeto ainda será lançado.

A situação tem sido um estudo de caso confuso da aplicação das leis de direitos autorais da Web 2.0 aos produtos da Web 3.0, com as vendas de NFTs caindo em uma área inconclusiva dos direitos de distribuição do filme, os quais Tarantino possui apenas para o roteiro.

Grande parte da confusão também pode ser atribuída à natureza "secreta" dos próprios NFTs — apenas os donos dos NFTs podem visualizar seu conteúdo, uma tecnologia implementada pela Secret Network, rede baseada na Ethereum da SCRT Labs.

O projeto Pulp Fiction, desde então, melhorou a descrição do conteúdo dos NFTs, explicando que as cenas não são realmente as cortadas da edição final do filme, mas imagens do manuscrito do roteiro acompanhadas pela narração de Tarantino.

“Não houve tentativa de rejeitar nenhuma das reivindicações da Miramax pela equipe de Tarantino, nem eles entraram com qualquer recurso ou moção contra a Miramax”, disse Bart Williams, sócio da Proskauer Rose LLP, que faz parte da equipe jurídica do estúdio.

Um porta-voz da Miramax disse que Tarantino apresentou uma resposta ao estúdio no mês passado e uma audiência inicial no tribunal está marcada para 24 de fevereiro.

Apesar dos procedimentos legais, Tarantino e seus colaboradores da Secret Network afirmam que os NFTs serão lançados em sete “capítulos” começando dia 17 e terminando em 31 de janeiro. Cada capítulo deve conter um NFT de cena bônus diferente.

“A natureza secreta da tecnologia tornou as coisas mais complicadas, com certeza”, disse Guy Zyskind, CEO da SCRT Labs, em uma entrevista. “Mas Quentin tem os direitos e nós sabíamos que ele tinha os direitos o tempo todo, então estamos ansiosos para seguir em frente com o apoio dele.”

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

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