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Protocolo comunitário quer limpar toneladas de CO2 usando o blockchain

Organização descentralizada busca transformar a economia do carbono e remover as burocracias que representam travas para um futuro sustentável por meio do blockchain

A Solid World é uma organização autônoma descentralizada no blockchain (JarnoVerdonk/Mark Fox/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 25 de março de 2022 às 11h30.

Uma organização em blockchain está buscando novos projetos no Brasil para investir na preservação do meio ambiente. Por meio de uma plataforma de pré-certificação para créditos imediatos de carbono, a Solid World vai usar a tecnologia blockchain para tornar a compensação de carbono mais rápida e sem burocracias.

A organização autônoma descentralizada (DAO) pretende limpar meio milhão de toneladas de CO2 nos próximos anos, como uma forma de “reformular a economia do carbono”, segundo um comunicado.

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Trata-se de uma solução para permitir que projetos de compensação de carbono tenham acesso a um financiamento antes mesmo da certificação, processo que é burocrático e pode levar até cinco anos. A Solid World realizará então a pré-venda e a tokenização dos créditos de carbono. Em troca, os investidores recebem o rendimento de todas as taxas que o protocolo coleta.

“Planejamos apoiar projetos comprando cerca de meio milhão de créditos de carbono globalmente no primeiro ano e depois aumentar exponencialmente os investimentos. As florestas, como a Amazônia e outros biomas, ajudam no sequestro de carbono e, portanto, a Solid World financiará projetos de economia de florestas pré-comprando seus créditos de carbono”, antecipa Stenver Jerkku, fundador da Solid World, que foi um dos desenvolvedores do primeiro satélite espacial estoniano, o ESTCube-1, e também é fundador e diretor de blockchain da eAgronom, empresa com sedes na Estônia, Letônia, Polônia e Austrália.

Sob os princípios de descentralização da tecnologia blockchain, a organização explora uma estratégia de “financiamento regenerativo”, que busca utilizar os mercados financeiros para direcionar seus investimentos e atenção para a sustentabilidade.

A Solid World já conta com parceiros no ramo de compensação de carbono, principalmente nas áreas de agricultura e silvicultura, onde pretendem adaptar seus mais de 2,5 milhões de acres para qualificá-los para a venda de créditos de carbono.

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